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Reino sob risco de divisões

Após os horrores da Segunda Guerra Mundial, a União Europeia funcionara como sustentáculo da paz entre inúmeros países com as benesses que lhes confere no âmbito econômico e no dos gastos públicos enquanto promove o resguardo da ordem. Há mais um mês víamos a maioria dos britânicos fazer com que seu país trilhe novos caminhos fora desse arranjo cuja efetividade no oferecimento de tais maravilhas estaria produzindo uma desintegração na sua plenitude. Os campos do desempenho econômico, gerenciamento dos serviços públicos e imigração pesaram na enorme opção durante referendo pelo autodesmembramento, o Brexit – combinação dos termos ingleses Britain (Grâ-Bretanha) e exit (sair). O veredicto foi emitido por um contingente demográfico (cerca de 52% dos britânicos) com oponentes em não tão menor tamanho (48%). Não se reduz com isto, porém, a solidez da obrigatória presença do respeito às opiniões adversárias numa plena democracia, princípio que já deve derrubar entre os segmentos pró-UE a c

A farda não intimida mais

Este mês não pode transcorrer despercebido como pretensa referência para ações a serem desenvolvidas para e por policiais e outros empregados públicos do setor de segurança do mundo inteiro para mobilizar a sociedade e o Estado em volta do correto atendimento às condições favoráveis a um frutuoso empenho das categorias em suas atribuições. A bruxa voa solta pelo planeta e atacou duas vezes nos Estados Unidos e uma por aqui, caso ocorrido no mesmo dia que um dos atentados a forças de segurança americanas – fora fatos iguais ocorridos agora e anteriormente em todos os países, quer pela criminalidade, quer por guerras ou insurreições populares, ganhando interesse apenas dos meios de comunicação locais. Quem tem ou já teve hostil convívio especialmente ao lado de suas casas durante a noite com "reis das ruas" que se valem de retumbantes aparelhagens reprodutoras de música – nem em cuja qualidade os donos colaboram para ser ao menos tolerada no entorno – necessita saber da unici

Corrupção da cultura e vice-versa

O usufruto por governantes de brechas para autopromoção na política é nova manifestação cultural bem consolidada, ainda que não exercida livremente por não ter esse reconhecimento no meio legal. Um tipo de conclusão próxima da realidade sobre os desvios de recursos arrecadados indiretamente com a Lei Rouanet para propósitos desvinculados, ao menos no sentido público, à cultura e a suspeita postura de recursos da Petrobras em caminho inverso, rumo a despesas de Carnaval. Fatos estes constituindo tratamento subumano a todos nós, ressalvando-se, porém, que coincide com atitudes ascendentes entre parte das massas no proveito de suas benesses sociais e também do espaço que o hoje mais generoso Estado lhes cede para escolher representantes. Nem precisava, face ao papel firmado de mercenários do entretenimento, determinados a desfalcar os limites saudáveis para álcool, sexo e outras práticas durante as temporadas de Carnaval, na remoção dos atributos que legitimamente integram os festejos à

Concordância das menos pensáveis, em nome da satisfação comum

Surge um novo fator para bem identificar Mato Grosso, suscitando a esperança de maior distância entre o nome do estado e contextos linguísticos errados que o levam a ser confundido com a gente do Sul: o recebimento de um aumento de tributações pelo setor agropecuário mato-grossense. Respaldando o progresso em seu estado e sem quase nenhuma dúvida tendo pelo governo apoiadas suas expectativas de que a estrutura regional caminhe para frente, tomaram a decisão sem notórios fatos antecessores (caso haja) de aceitar taxações a mais para sustentar o FETHAB (Fundo Estadual de Transporte e Habitação). O primeiro dia deste mês também marcou incipientes passos de providências tonificadoras dos embolsos pelo fundo. Na prática começava a se manifestar o compromisso mais exigente dos produtores rurais em remeter ao setor público parte de seus lucros. Habituais são projeções atentas à limitação nas bases monetárias da sobrevivência dos contribuintes que acompanha em maior parte reajustes assim, te

Do descaso veio a conta aos culpados

Das cadeias procederam ordenanças por meliantes de revanchistas derivações mais graves das linhagens de circunstâncias que para lá levaram-nos. Entre 10 e 12 do último mês os governantes e cidadãos de Mato Grosso tiveram agradecida sua apatia para com as condições dos reclusos nos incêndios a ônibus de transporte coletivo, tiros em uma base da PM e ataques a casas de um agente penitenciário e de um policial em Cuiabá e na vizinha Várzea Grande, além de, no interior, ato parecido com o segundo item (queima criminosa de viaturas) em Barra do Garças e condutas associadas ao terceiro em Sinop e Barra do Bugres. Os comandos para a instauração do clima de terror na porção de terra vizinha, outrora parte, nossa – "colocar o bagulho no vermelho", "destruir a cidade", conforme diálogos entre presos – floresceram sem topar com socialmenrte benditos obstáculos, os agentes penitenciários, boa parte dos quais manteve-se fora dos presídios, em estado de greve que perdurou por 3

Imagem colateral introduzida em duas semanas

No dia 10 do mês passado, a vida e carreira incipientes de uma jovem cantora terminam pelas mãos de um atirador, sendo aquele também seu último instante vital. Passados dois dias, outro homem, fortemente armado, no sentido literal acaba com uma festa numa boate gay, só morto saindo de lá, como 49 de suas vítimas, no mais mortífero tiroteio da história americana. Também por essa classe de fato corriqueira nos EUA será fortemente lembrada a cidade de Orlando, na Flórida, onde fica a Disney. Daquele império do entretenimento que seduz especialmente crianças pelo mundo procedeu após um mesmo intervalo de tempo nova história trágica, a morte de um garoto devido a ataque de jacaré, não impedida pelos esforços de socorro do pai. Sob sua fama ante o restante dos Estados Unidos e o mundo, Orlando por muito tempo resistiu misteriosamente a sediar enredos referentes a nefasto "elemento cultural" norte-americano contemporâneo. O assassinato da jovem cantora Christina Grimmie, ex-partic

Nada mais a esperar para agir: que venham logo medidas contra a pressa no trânsito!

O trecho entre Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, e a litorânea São Sebastião da rodovia SP-98 (Mogi-Bertioga) soma-se entre os caminhos viários vistos tristemente por muitos como marco final de vidas de entes queridos. Um tombamento de ônibus no dia 8 do precedente mês foi o aglutinante de famílias e amigos de 18 ocupantes em torno de penosa tendência. Dezessete estudantes universitários e os colegas sobreviventes que eles deixaram em mais um instante em que peitavam desafios ao crescimento cognitivo a nível que lhes proporciona bom papel social, enfrentando a distância entre Mogi (onde todos estudavam) e São Sebastião (de onde provinham) e planejando uma resposta civilizada à inobservância do motorista quanto às normas em prol de um trajeto seguro. Irresponsabilidade somada a problemas nos freios pela qual também sucumbiu, gerando mesma previsão de pedras no caminho vital de parentes e conhecidos. Apontam os sobreviventes e pessoas que intensamente vivem, morando ou trabalhando,