Mar de lama dificulta tráfego em rodovia
A MT-130 já está em condições precárias há anos, assim como a maioria das demais estradas matogrossenses. E, da mesma forma como também pode estar ocorrendo nelas, as chuvas tornaram cada vez mais difícil a rotina dos motoristas. Nos trechos onde o asfalto está se desfazendo, deixou de existir ou nunca foi implantado clássicos buracos, dos quais os condutores tentam desviar para evitar danos a seus veículos, o que nem sempre se consegue e aumenta os riscos de acidentes, deram lugar às também inconvenientes poças de lama, nas quais carros, ônibus e caminhões acabam ficando presos à espera de alguém que possa retirá-los para seguir em frente, o que resulta em enorme perda de tempo e dinheiro, tanto para o condutor quanto para quem se solidariza a fim de permitir que essas pessoas prossigam e para a população dos municípios. Com esses atolamentos, os caminhoneiros gastam mais tempo e combustível para chegar a seu destino, desencadeando consequências como cansaço e prejuízos a eles e seus empregadores devido à necessidade de maiores gastos com reparos em caminhões e possíveis perdas de mercadorias. Com os constantes rebocamentos, os maquinários cedidos pelas prefeituras e proprietários rurais podem sofrer danos e, no caso dos equipamentos públicos, seu simples uso nesses trabalhos pode estar impedindo a realização de obras de infraestrutura urbana, como pavimentação e reparos ou ampliação de redes de água e saneamento básico. E quem habita o campo, em caso de acidente ou problema de saúde, precisa ficar mais tempo esperando por uma ambulância ou viatura dos bombeiros que, se conseguir chegar, também vai demorar um bocado para chegar a uma unidade de saúde, além de não poder frequentar regularmente a escola ou a faculdade para adquirir formação suficiente que lhe permita uma maior e melhor contribuição para o progresso social e econômico da região.
É preciso que as autoridades municipais e/ou as entidades que representam os interesses de cada grupo da população da cidade (como os sindicatos rurais e as instituições estudantis, por exemplo) reunam-se no intuito de organizar algum tipo de protesto ou outra medida que exija do Ministério Público e da própria Justiça para que sejam mais durões com o governo, impondo-lhe multas mais altas em caso de desobediência à determinação e punindo-o por eventuais irregularidades na gestão dos recursos públicos que estariam contribuindo para a continuação desse problema, que já se arrasta desde as administrações anteriores. Se esse panorama não for alterado, o progresso não conseguirá chegar às cidades, impedindo maiores índices de crescimento econômico e de geração de empregos a seus habitantes, aos quais a possibilidade de um melhor acesso a saúde, educação, infraestrutura urbana e outros serviços não passará de um desejo.
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