Funcionário de chácara mata criança acidentalmente ao tentar defender propriedade
Mais uma vez a impunidade vence!! Logicamente o caseiro não tinha interesse em provocar esse desfecho trágico, mas tudo acabou dessa maneira porque ele manuseou a espingarda mesmo estando alterado por causa dos gorós que tomou! Ele certamente percebia as condições em que se encontrava e mesmo assim resolveu usar a arma para afugentar os invasores, contribuindo para esse indesejado e trágico resultado. Essa é mais uma atividade que requer boas condições físicas e psicológicas, assim como a condução de veículos, o manuseio de fogos de artifício e outras. E, ainda por cima, em vez de chamar um serviço de socorro para atender ao garoto baleado, o frentista ficou tratando-o como um trapo ou bola de futebol, o que, assim como a negligência, pode ter aumentado seu sofrimento e colaborando para sua morte, levando muita dor à família, especialmente a mãe, que não teve apenas o emocional impactado.
As autoridades, entretanto não levaram essas situações em consideração e o autor do tiro não terá a pena que realmente vai fazê-lo aprender a lição, assim como pode ter acontecido com o frentista, mas é certo que agora a vida de ambos não será mais a mesma em virtude das consequências do arrependimento e da forma com que serão tratados por pelo menos parte da sociedade devido à sujeira que fizeram. Porém, isso não daria aos autores do incêndio na residência do caseiro o direito de puní-lo desse modo! O homem certamente habitava o local com esposa, filhos e/ou outros parentes, que podem ter corrido riscos e perderam boa parte do patrimônio, tendo que batalhar para reaver tudo, o que levará bastante tempo e não será fácil. Também, nada disso ajuda a recuperar a vida da vítima! Quem "pune" criminosos por conta própria, sem preocupar-se com os resultados que podem se originar de seus atos, acaba até igualando seu caráter ao do meliante!
As crianças não tinham envolvimento com drogas, mas estavam vagando pela chácara num horário em que deveriam estar em casa, sem dúvida devido a descuidos de seus responsáveis, e iriam apanhar um porco, o que com certeza não era permitido. Mas nem por isso elas e suas famílias (principalmente a de Paulo Ricardo) mereciam passar por esse drma que estão enfrentando. Essa atitude indevida do caseiro pode ter se originado de deficiências no trabalho de organizações responsáveis pela manutenção da ordem pública e atendimento a drogados, como as polícias Militar e Civil, Conselho Tutelar e estabelecimentos de atenção a dependentes. Esse e outros casos de pessoas que, cansadas de sofrerem com a violência, resolvem enfrentá-la à sua maneira, atacando bandidos ou até confundindo pessoas conhecidas com marginais, o que resulta nesses trágicos eventos, mostram o quanto a falta de competência para controlar a criminalidade interferem no bem-estar mental e também físico da população.
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