Uma esperança a menos para 2016

Cork e Limerick, cidades irlandesas, seriam unidas por uma estrada fruto de instrutivo modelo na divisão de gastos com a obra entre os setores público e privado, tendo entre benefícios o alívio da pressão sobre a máquina pública. Em que sentido transcorre a incapacidade financeira com que o governo federal se justificou ao se recusar a investir na ideia arquivando-a?

Inacreditável problema marca presença em dois dos conjuntos urbanos mais importantes em seu país. Entre eles, não há interligação viária! Nessa falta de acesso direto os fluxos humanos e mercantis atingem as cidades deixando para trás ou prenunciando tempo, dinheiro e vidas a perder- -se sem retorno.

As privações vinham sendo circundadas por uma proposta de solução que quase lhes reduziu ou anulou o efeito com menor presença física e monetária do Estado. Permitir as firmas particulares tirar a estrada do papel sob a cláusula de com as mãos na massa, com pausas apenas nos momentos normalmente justificáveis, aguardar os recebimentos estatais deixados para quando terminar a obra compõe o prumo hábil para (às vezes re)situar as companhias na validade que tem a atração de ganhos usando a licitude do serviço que os condiciona. Tão ao menos em teoria descomplicada ideia partiu da Áustria, de um engenheiro civil filho seu, Alexander Oismuller, em indubitável primeiro lugar em disputa com o Brasil, mantido na estaca zero quanto à maternidade e aproveitamento de sugestões assim.

Juntando isso à crônica contaminação de nossa Justiça por seus réus que têm acesso privilegiado à engrenagem desta e outras máquinas governamentais, são inconsistências para discordâncias relativas ao fracasso a que por aqui está vulnerável a proposição do ativista austríaco, servindo na prática como mais uma facilidade à vida dos malandros. Nossa experiência empírica atestou a atração de parte da máquina governamental brasileira pelo oferecimento de prioridades a empresas de seu interesse com meios ilegais ou profanar o dinheiro público, a ponto de, havendo acordo com empresas honestas, traí-las com interesses incabíveis à "caretice" das mesmas.

Mas no país destinatário para a ideia oismulleriana a superiormente prestativa estrutura políica do país não lhe impediu de emperrar sob possível ingerência a cujos causadores haverão de vir punições incapacitantes para a lida com o erário público. Essa etapa terá aentido com o envolvimento dos setores governistas castos na missão de encontrar o lado de onde partiu um insinuado superfaturamento da obra da autoestrada M20 com os 2 bilhões de euros que levaram o ministro dos transportes na Irlanda Paschal Donohoe a engavetá-la por valer mais que todos os seus projetos anteriores.

O que contribuíra para o orçamento exorbitante e oposto ao original projeto (feito antes de sequer surgirem os alicerces)? Muita coisa capaz de ter transcorrido no último julho ou tempos antecedentes (época em que Oismuller enviou a proposta) sem a atenção midiática, podendo-se especular cobrança indevida de empresas candidatas a operar sob o inovador regime, abandono deste pelo governo optando pelos sistemas convencionais de remuneração ou o que mais couber nessa trama e puder ser levantado por quem a compreenda mais (principalmente na Irlanda) e mereça espaço para ajudar na busca pela verdade.

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