Irresponsáveis atitudes ante o passado e o futuro

Em menos de um mês governantes de duas capitais nordestinas tiveram para si voltadas as atenções da justiça em virtude do quanto de responsabilidade prática demonstravam para com o auxílio a pessoas de quem o progresso etário levou o vigor imprescindível à busca pela manutenção dos requisitos orgânicos a que se atrelam sua felicidade e sobrevivência. O Judiciário tem lançado mão de seu papel a fim de deter o progresso das atitudes das instituições rumo a um claro proveito da categoria social apenas como fonte de ganhos pessoais, o que igualaria os dirigentes a autores de crimes patrimoniais contra idosos acontecidos no fim do início do ano em Mato Grosso do Sul. O setor público não é lugar para absorver de uma parte da sociedade, tornando natural, atitudes ultrajantes a pessoas que atravessam uma fase da vida em que é desejável chegarem os praticantes!

Muito do que nosso país ainda tem de bom em termos de infraestrutura e ordenamento na produção e distribuição de riquezas ergueu-se ao longo de muitas décadas pela força de mão-de-
-obra a quem foi oficialmente permitida hoje a dispensa de atividades laborais em virtude do desgaste natural inerente ao transcurso de nossa existência. De quebra o Estado em teoria mantém valendo para si próprio e as camadas sociais subordinadas a ele desde 2003, através do Estatuto do Idoso, a necessidade de suprir dito público com o que lhe é vital e penalizar quem negue ou estorve a assistência. A prática mantém em abundância a demanda pelos procedimentos lá determinados oriunda de eventos que evidenciam a desatenção para com o tema dentro e fora do aparato estatal.

Nem o livramento laboral geriátrico exclui os brasileiros da rota de impacto das cobranças de impostos sobre bens e serviços com seus saldos em boa parte fluindo extraoficialmente para o patrimônio de homens públicos e cupinchas destes a ambos os quais restringe-se o lucro de operações falhas na abordagem das necessidades populares, no caso das que realmente tinham por esse o alvo ao invés de camuflar interesses egoístas dos comandantes. Mas de mutuamente semelhantes instituições judiciárias locais nordestinas emanam no poder público focos de contestação de negligências de outras seções deste para com os mais velhos.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), percebendo o descontentamento entre os usuários anciãos do transporte coletivo de Recife e arredores, dirige as trajetórias do Grande Recife Consórcio de Transporte (GRCT) e do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) a tensos trechos capazes de induzir a vinda à tona da autêntica motivação da baixa na quantidade de assentos reservados à frente das catracas dos ônibus, autorizada a 20 de março pelo segundo ao primeiro. Com sua vulnerabilidade à medida percebida como falsa logo quando se discutia a proposta, que beneficiou os deficientes com mais vagas prioritárias, a necessidade de agilizar o embarque nos coletivos é carta inválida nas apostas dos dois alvos de inquérito instaurado pela justiça estadual no último dia 3 por uma justificativa para o ato a ser apresentada. Talvez essa seja a oportunidade que falta para as lideranças municipais se darem conta de quão o foco estatal no transporte alternativo por ônibus ainda sob ordens de um seleto grupo de investidores tem respondido aos anseios do povo em geral afetado em sincronia pelo crescimento demográfico urbano e novas opções de deslocamento.

Caso tenha tido como antecedente providências corretivas contra o problema a que se referia, estará fixado um estímulo ao trabalho de bem-intencionados organismos populares e oficiais que souberem do enredo, até longe de onde se passa, a exigência pelo Ministério Público de Rio Grande do Norte (MPRN) no dia 23 de março à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal para retomar o atendimento domiciliar na Casa de Idosos Santa Rita de Cássia, no bairro Felipe Camarão, após ser interditada por causa do decepcionante saldo de uma vistoria feita mais de uma semana antes. Para fortalecer as chances de que o cenário evolua dentro e fora dos governos basta a referida autoridade judiciária providenciar nova checagem no edifício visando dar-lhe credibilidade proporcional à dedicação de seus responsáveis a sanar a tenra diferença de suas posturas no resguardo à dignidade dos residentes em relação à vida que muitos teriam levado até serem resgatados, expressa nos poucos cuidados com a infraestrutura do ambiente e as condições de saúde, alimentação e hidratação dos pacientes.

A adoção por quem movimenta setores governamentais de menos observância aos reflexos de suas políticas sobre os idosos, às vezes intencionalmente sob a pressão da ânsia por benefícios próprios, mostra-se digna de repreensões de quem é consciente por fornecer amparo aos cidadãos comuns adeptos de tais condutas. Se a liberdade de criminosos que fizeram vítimas nessa faixa etária – como nos últimos dias de janeiro um jovem pego enquanto era espancado por populares no centro de Campo Grande por tentar furtar uma bolsa que estava com duas idosas e haverá de ocorrer ao casal que em Três Lagoas dopou e pôs sob mira de uma arma uma senhora para tirar-lhe dinheiro – for temporariamente anulada pelas autoridades penais, de que adiantará o esforço destas se os infratores em algum momento perceberem o mesmo nível de interesse pelos respectivos deveres dos setores encarregados de trabalhos assistenciais e mobilizações de conscientização massiva envolvendo o tema?

Trata-se de uma fase da vida alcançável por qualquer pessoa que consiga sobreviver a suas experiências socioeconômicas e políticas nas diversas posições que ocupar nas massas e no governo gerando conhecimentos acessíveis às ascendentes gerações. Cultivar o aproveitamento do bom legado dessa gente e o respeito a suas necessidades de descanso posterior a suas jornadas é preciso para frear o avanço de injustiças que podem nos atingir quando chegarmos ao momento que nos vulnerabiliza mais a elas!

(Reprodução:
http://www.folhadedourados.com.br/colunistas/victor-teixeira/irresponsaveis-atitudes-ante-o-passado-e-o-futuro

Referências:
https://www.folhape.com.br/noticias/noticias/cotidiano/2018/04/04/NWS,64100,70,449,NOTICIAS,2190-MPPE-QUESTIONA-GRANDE-RECIFE-SOBRE-REDUCAO-ASSENTOS-PARA-IDOSOS.aspx

https://folhape.com.br/noticias/noticias/cotidiano/2018/03/23/NWS,62869,70,449,NOTICIAS,2190-IDOSOS-REPUDIAM-REDUCAO-ASSENTOS-PRIORITARIOS-NOS-ONIBUS.aspx

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/sms-deve-garantir-atendimento-em-abrigo-de-idosos-recomenda-minista-rio-paoblico/408350

https://m.correiodoestado.com.br/cidades/jovem-tenta-furtar-idosas-e-acaba-linchado-por-populares-no-centro-da/320545/

https://m.correiodoestado.com.br/cidades/idosa-passa-mal-e-dopada-por-ladroes-e-tem-r-5-mil-roubados/320535/

https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/98301/estatuto-do-idoso-lei-10741-03)

Comentários

  1. Eu sou de Portugal e pensava que o Brasil estivesse bastante evoluído relativamente a Portugal,mas afinal enganei-me.

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    1. Oi, Marta.
      Continue acompanhando o blog e se engane ainda mais! Hahaha

      Aproveite essa oportunidade de saber até onde são verdadeiras as virtudes de cada parte deste país e do mundo por meio de minhas analises através do que eu encontro sobre vários fenômenos políticos, econômicos e sociais nas mídias regionais da parte do Brasil ou do globo onde acontecem ou de lugares próximos, em diversas línguas. Todos os meus artigos apresentam os links de notícias usados como referências implícitas e explícitas.

      É um modelo inovador de apuração que estou a desenvolver e desejo que caia nas graças do mundo do jornalismo,apesar de eu ainda não ter oportunidade de cursar isso em universidades perto de onde moro.

      Detalhes sobre a minha trajetória e explicações detalhadas de como obtenho pauta e da minha linha editorial se encontram nas seções "Minha história" e "Minhas ideias", acessíveis na página inicial.

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      Abraços.

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