Noite infernal

Na noite desta quarta-feira, houve uma rebelião no presídio de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão. A confusão começou depois que agentes penitenciários suspeitaram da construção de um túnel em uma das celas e foram vistoriá-la; os presos não aceitaram a vistoria. Foi aí que tudo começou. Houve briga entre grupos rivais. Vários detentos morreram e outros ficaram feridos. Sete ônibus foram incendiados na capital maranhense. A polícia acredita que os ataques estão relacionados à confusão em Pedrinhas.
Parentes dos presos estiveram em frente ao presísio em busca de informações sobre a situação dos mesmos. Que dó! Apesar de não terem obedecido a lei, esses homens tinham família e amigos, assim como nós. Eles só estavam vivendo naquele local porque foram pegos na hora errada, no lugar errado, fazendo algo errado e/ou acompanhados por pessoas erradas.
Não havia ambulâncias suficientes para socorrer os feridos. Muitos foram levados aos hospitais na carroceria de carros. Credo! Isso é desumano! Nem um cachorro merece ser socorrido dessa forma! Isso é um descaso! Se, por exemplo, ocorrer em São Luís uma tragédia parecida com a da Boate Kiss, as vítimas com certeza serão socorridas assim.
Como foi dito no início, a rebelião começou depois que os presidiários não aceitaram a entrada dos agentes penitenciários para uma vistoria em uma cela. Pois é! Hoje em dia os bandidos estão mandando cada vez mais nas autoridades e na sociedade. Quem os detentos pensavam que eram para impedir a entrada dos agentes? Estes têm o direito de vistoriar as celas. As vistorias têm o objetivo de detectar nas celas a presença de objetos proibidos (armas drogas, celulares) ou comportamentos inadequados (construções de túneis, por exemplo), que representam um risco à segurança dos próprios internos e da população.
Espero que a polícia prenda os responsáveis pelos incêndios nos ônibus. Isso não se faz! Esses sete veículos vão fazer muita falta para o povo. E é a própria população que vai pagar o prejuízo em vez desses malandros!
Além dos detentos, o governo também teve culpa nessa tragédia, pois presos de grupos criminosos rivais ocupavam o mesmo presídio. Se cada grupo estivesse em um estabelecimento penal diferente, nada disso teria acontecido.