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Mostrando postagens de maio, 2015

Brincando com quem não brinca em serviço

"Um chamado de emergência não é brincadeira. Pena que muita gente não pensa assim!", dizia uma apresentadora da versão do telejornal MGTV 1° Edição voltada à Zona da Mata mineira antes de uma reportagem com foco na demonstração do estorvo que representam os trotes recebidos pela Defesa Civil e o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) em Juiz de Fora, produzindo mais chuva sobre um terreno insuportavelmente inundado que durante anos aguarda uma trégua, sem estimativas precisas de quando se realizará, mas todas indicando tratar-se de um longínquo futuro, inatingível para nossa geração. Seres humanos gostam de espelhar suas características nos animais, acontecendo muito isso em nossa cultura popular, não barrando chances de o fenômeno manifestar-se nas diferentes sociedades. Tradição felizmente democrática, acolhedora tanto de atribuições boas – o professor ou a mãe atentos feito corujas, aquele(a) que é bonito (a) igual a um gato – como ruins – embriaguez semelhante

Fuga por caminho sem volta

Dando de cara com inalteráveis indícios de que a casa vai cair, a fuga – quando possível – é é a estratégia mais adotada por criminosos, embora não sejam raros os que decidem arcar com a bronca perante as autoridades. Também nada escasso é o histórico de êxitos na adesão à primeira tática, permitindo aos adeptos do crime escapar às penas ou abrandá-las, benefício possível com a expiração do flagrante. Andrey Hernandes, 32 anos, cidadão paraguaio de contraditória dupla personalidade – fazendo parte, em nosso território, do mercado criminoso, contra o qual lutava em prol da sociedade em seu país, atuando como policial –, e seus camaradas, um rapaz de 19 anos e outro de 26, tiveram de arcar com os efeitos negativos de terem optado pelo narcotráfico na ocasião em que as polícias de Três Lagoas, aqui no estado (de onde saíram em dois carros com mais de 660 kg de maconha), e de Presidente Epitácio, no interior paulista (por onde seguiam a fim de despistar os "homens" da primeira ci

Relações políticas e diplomáticas estremecidas

Boa parte das atividades dos mais variados governos e organizações pelo mundo afora vem se centrando no amparo ao povo do Nepal desde o dia 25 do mês passado, quando as dificuldades surgiram como resultado de um forte terremoto de quase 8 graus na Escala Richter e das "réplicas" (abalos de menor intensidade) que o sucederam, matando e ferindo dezenas de milhares e desabrigando milhões. Até o Facebook organizou uma campanha visando arrecadar fundos para a reconstrução do país. Embora a criação e os incentivos ao ingresso nessas correntes solidárias consigam ativar em muitos de nõs a compreensão da semelhança entre este contingente populacional e nossa sociedade nos quesitos de inteligência e sentimentos defronte às mais diversas situações – desconsiderando as distâncias e a variabilidade de tais características perante às diferenças culturais – e da universal cobertura de nossa vulnerabilidade às forças da natureza, majoritariamente impossíveis de serem domadas pelas cada vez

Desafios a novo segmento econômico

Que Mato Grosso do Sul não está mais tão deslocado frente aos estados mais ricos do país quanto a diversificação econômica, nós daqui já sabemos. Â agropecuária, responsável pela antiga identidade econômica regional, uniram-se os setores de prestação se serviços e principalmente as atividades industriais em variados gêneros, dentre os quais são novatos o de papel e celulose (representado pelas grandes fábricas em Três Lagoas) e silvicultura, o cultivo de árvores para servir a esta e outras áreas, conduta benéfica à natureza, poupando as já ameaçadas espécies nativas e secundariamente as formas de vida delas dependentes incondicionais por dispensar a exploração intensiva das mesmas, assim como teria atraído seres do reino animal antes desaparecidos. Nada, todavia, é perfeito, e os progressos na área não têm garantido, pois, caminhos limpos limpos e regulares, podendo ser muito mais expressivos com a superação de barreiras a estes impostas por ineficiências no deslocamento de matérias-pr

É o que eles têm para o povo!

A edição do telejornal local Bom dia Rio Grande, da sucursal gaúcha da RBS, grupo de comunicação afiliado da Globo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, veículada no dia 13 do último mês teve como atração de destaque o acompanhamento ao vivo, por uma equipe de reportagem, da difícil rotina dos usuários do transporte coletivo em Alvorada, na região metropolitana de Porto Alegre. Relatos de cidadãos que esperavam ônibus levam-nos a concluir que essa primeira etapa é apenas o começo do teste de resistência de sua paciência, saúde e segurança possível com a superlotação e o mau estado de diversos veículos, nos quais não vão a passeio, e sim no cumprimento de suas obrigações cotidianas, como os estudos e o trabalho. A primeira entrada ao vivo da equipe flagrou alguns ônibus trafegando muito cheios, filme visto por nós incessantemente e, por isso, já transformado em um dos elementos caracterizadores das paisagens urbanas brasileiras e dos outros países subdesenvolvidos. Mais tarde era na

Dos ringues à prisão, em poucas horas

A noite daquele sábado, 19 de abril, foi um marco divisor nas vidas de dois homens que não se conheciam, ambos do interior de São Paulo, embora com grande diferença de idade, bem como de seus respectivos familiares. Uma explosão de fúria sofrida pelo lutador (uma vez campeão nacional) de jiu-jitsu Rafael Martinelli, de 27 anos, procedente de Valparaíso, por causa de uma desavença com a namorada em relação a dúvidas sobre a paternidade de um filho que este espera levou o rapaz de cerca de 2 metros de altura e pesando 140 quilos a perambular pelos corredores do hotel Vale Verde, seu local de hospedagem de onde logo mais partiria rumo a um ginásio onde participaria de uma competição em Campo Grande, nossa capital, investindo contra tudo que havia a sua frente, como portas, câmeras e sensores de segurança, extintores de incêndio, parte do teto e o engenheiro eletricista Paulo César de Oliveira, alojado no estabelecimento também para trabalhos nesse estado às vésperas de completar 50 anos,

O dia que durou uma semana

Quem imaginaria, nos primeiros momentos do incêndio iniciado no dia 2 do mês passado e combatido no dia 9 no terminal de transporte e estocagem de produtos químicos da empresa Ultracargo, em Santos, litoral paulista, que eles seriam os primeiros passos desse evento recorde na história do setor industrial brasileiro? Isso só os bombeiros previam lidando diretamente com os fatores que conferiam à operação grandes dificuldades e riscos, dentre eles a existência, nos tanques atingidos, de milhões de litros de gasolina e álcool (no caso dos quais era preciso esperar que grandes cifras do estoque queimassem e resfriar os ainda não afetados) e vazamentos em tubulações (consertados nos instantes em que as chamas diminu8am para que fossem contidas mais facilmente e com menos probabilidade de reiniciarem), trabalho que não é pra qualquer um e faz válidas as homenagens que estes fantásticos guerreiros vêm recebendo. Por sua vez ás populações do município e de sedes urbanas vizinhas, como São Vice

A rua que treme

Não é uma rua de uma cidade do Nepal, devastado por aquele terremoto do sábado e atingido continuamente por outros tremores, f ato sobre o qual em breve escreverei . Conforme reportagem feita e exibida no dia 9 pelo SBTMS, TV local daqui do estado, os abalos ocorrem na pista e em residências da rua Fernão de Magalhães, Vila Marli, em Campo Grande, toda vez que veículos passam por declives em trechos de asfalto que estão afundando por conta de falhas em obras de esgoto realizadas na área há 6 meses. Não são raridades nem restritos à capital e a MS casos de empresas que, ao fazer reparos em equipamentos públicos (principalmente em vias, para a manutenção das mesmas ou de materiais embutidos em especial abaixo das pistas para o fornecimento de serviços como água, eletricidade ou coleta de esgotos), acabam modificando sua estrutura muito além do item a ser reparado, processo necessário à facilitação das tarefas (aplicando-se ao exemplo das perfurações em asfaltos para o acesso a canos ou