É o que eles têm para o povo!

A edição do telejornal local Bom dia Rio Grande, da sucursal gaúcha da RBS, grupo de comunicação afiliado da Globo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, veículada no dia 13 do último mês teve como atração de destaque o acompanhamento ao vivo, por uma equipe de reportagem, da difícil rotina dos usuários do transporte coletivo em Alvorada, na região metropolitana de Porto Alegre. Relatos de cidadãos que esperavam ônibus levam-nos a concluir que essa primeira etapa é apenas o começo do teste de resistência de sua paciência, saúde e segurança possível com a superlotação e o mau estado de diversos veículos, nos quais não vão a passeio, e sim no cumprimento de suas obrigações cotidianas, como os estudos e o trabalho.

A primeira entrada ao vivo da equipe flagrou alguns ônibus trafegando muito cheios, filme visto por nós incessantemente e, por isso, já transformado em um dos elementos caracterizadores das paisagens urbanas brasileiras e dos outros países subdesenvolvidos. Mais tarde era na parada que estavam concentradas muitas pessoas. Não aguardavam o início, mas a retomada do trajeto diário, requerendo outra condução por causa de defeitos na que as transportava antes. Logo surgiu mais um coletivo, porém já abarrotado de passageiros, não podendo sem sombra de dúvida comportar sequer um ocupante a mais. Do mesmo jeito que acontece a uma árvore doente que começa a ser afetada nas raízes, a pressa desses contratempos em manifestar-se justo nas primeiras etapas da contínua e forçosa luta pelo sustento pessoal, familiar e social terá moldado pelo resto do dia a produtividade dos estudantes e trabalhadores, sujeitos a posteriormente sentir o impacto nas notas e salários.

Fato normal e perdoável, se a bruxa não andasse tão solta entre os funcionários e utilizadores do transporte coletivo em Alvorada, como aparenta acontecer em outras cidades da região metropolitana de Porto Alegre. O local de chegada e o proveito recebido pela numerosa grana disposta às autoridades municipais e empresas responsáveis por ônibus após viajar desde os bolsos dos contribuintes como passaporte para os rotineiros e na maior parte fundamentais deslocamentos são muito assombrosos mistérios. Como pode o dever de casa estar sendo feito dentro das normas a ele relativas com a permanência do oferecimento à população de veículos ocupados acima da capacidade (indicador de provável contraste negativo entre o tamanho da frota e o da demanda) e alguns ainda obrigados a deixar as garagens mesmo com visíveis defeitos, até "se arrastando", como foi descrito por um passageiro ouvido pelo repórter?

Não é necessário determinar a detetives particulares, do porte daqueles retratados na TV e no cinema, a promoção de levantamentos com intuito de descobrir e expor essa incógnita, devendo os governantes locais (prefeitura e vereadores) e os órgãos judiciários lançar-se sem demora na apuração e no endireitamento conforme cada necessidade dos métodos empregados no consumo dos recursos destinados ao transporte coletivo, providências às quais será inaceitável imunizar membros de tais repartições, caso também haja marcas das mãos de alguns no esquema. Na falta de efeito da diária retirada de valores do orçamento de quem usufrui desse serviço "para seu bem" quanto ao conforto e segurança nas idas e vindas defendidas constitucionalmente há de alternativa para muitos indivíduos (dependendo de suas condições financeira) a aquisição de veículos particulares (destacando os automotores), destino que já vitima grandes cidades ao longo do país e do mundo e para o qual estará caminhando Alvorada comcom as péssimas repercussões que compreendem um atraso de vida para toda a sociedade na saúde ambiental e dos habitantes e na parte de mobilidade urbana.

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