Repressão ao tabaco aumenta

Neste sábado, no qual foi comemorado o Dia Mundial sem Tabaco, o Governo Federal regulamentou a Lei Antifumo, que vale para todo o país desde 2011. Está definitivamente proibido o consumo de cigarros, charutos, cigarrilhas, cachimbos e outros produtos fumígenos em ambientes cobertos e total ou parcialmente fechados. Os fumódromos estão banidos. A propaganda de produtos derivados de tabaco será proibida até nos pontos de venda. Os avisos sobre os riscos do fumo à saúde estarão em ambos os lados das embalagens. Segundo Arthur Chioro, ministro da Saúde, a demora na regulamentação da lei se deve a estudos e negociações que estavam sendo realizados.
Agora que as normas estão bem especificadas, o trabalho das autoridades responsáveis pela fiscalização do cumprimento da Lei Antifumo ficará mais fácil; e esperamos que realmente haja fiscalização. Essa lei é muito importante pelos benefícios que trará à sociedade e, por isso, não deve ficar só no papel. Muitos fumantes serão incentivados a largar o vício, o que será bom tanto para estes quanto para quem convive com eles (mas, para que isso aconteça, o governo também precisa aumentar os investimentos em melhorias nos programas de ajuda aos dependentes do tabaco). E os jovens ficarão mais conscientes sobre os males dessa droga, evitando experimentá-la. Com tudo isso, poderá haver, na saúde pública, uma diminuição nos gastos com tratamento de portadores de doenças relacionadas ao fumo.
Apesar de todos esses benefícios que a Lei Antifumo trará, é uma pena que ela tenha sido regulamentada só agora, que esta já está em vigor! Se a lei já tivesse essa rigidez desde o início, muitas vidas seriam salvas e os gastos do governo com tratamento de pessoas doentes por causa do cigarro seriam menores, o que melhoraria um pouco a qualidade da saúde pública.
Essas novas normas certamente serão eficazes. Mas seria melhor se o Brasil fosse o primeiro país a abolir totalmente a fabricação, a venda e o consumo de produtos do tabaco, assim como acontece com as drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack…). É claro que o fumo não causa alucinações, transtornos mentais e outros efeitos típicos das demais drogas, mas prejudica a longo prazo e de outras formas a saúde dos consumidores e de quem convive com eles. Como os lucros financeiros da indústria do cigarro não compensam os prejuízos que ele traz à humanidade, não há motivos para mantê-lo!

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