Violência virtual

Foi realizada nesta segunda-feira na Câmara Municipal de Dourados, aqui no estado, uma audiência pública com o tema "Redes sociais: vitrine para a violência escolar", proposta pelos vereadores Délia Razuk (PMDB) e Marcelo Mourão (PSD). No evento foram discutidos o aumento da ocorrência de atos violentos nos arredores e no interior das escolas e a divulgação destes em redes sociais.
Como o próprio nome do evento diz, as redes sociais estão se tornando uma vitrine para a violêncja nas escolas. Em busca de fama, estudantes se enfrentam por qualquer motivo diante de outro(s) que filma(m) os atos de selvageria e os divulgam na internet para a comunidade escolar, o Brasil e o mundo inteiro assistirem. E essa busca por notoriedade a qualquer custo prejudica todos os envolvidos: a vítima sofre lesões físicas e traumas psicológicos, que poderão trazer prejuízos de vários tipos, seja a curto ou a longo prazo; e quem agride, filma e/ou divulga as ações violentas também acaba sendo moralmente afetado, mesmo que não seja punido e que um pequeno grupo de pessoas aprove sua atitude.
As escolas, o governo, a sociedade e os responsáveis pelos sites das redes sociais têm que tomar medidas para minimizar este problema. Os profissionais da área da educação têm que realizar ações para alertar os estudantes sobre os riscos dessas práticas violentas e de sua divulgação na rede mundial de computadores. Os governantes devem elaborar leis mais rígidas para regulamentar o comportamento dos usuários no mundo virtual e os sites têm que controlar os conteúdos postados, adotando as medidas cabíveis em caso de materiais suspeitos, como a exclusão dos mesmos, do perfil do autor e o encaminhamento de denúncia às autoridades; mas, para isso, é preciso que os cidadãos de bem façam sua parte denunciando tais condutas, já que os administradores das páginas não possuem bolas de cristal. Quando forem adotadas, essas medidas ajudarão a diminuir os casos de violência nas escolas, bem como em outros setores da sociedade, e suas consequências.