Mesmo em fase turbulenta, hospital continua prestando serviços para outra instituição do gênero

O Ministério Público Estadual está apurando irregularidades no repasse de recursos ao Hospital do Câncer de Dourados, aqui no estado, que é terceirizado do Hospital Evangélico, cujo contrato com a Prefeitura foi renovado no mês passado. O HE, que enfrenta uma crise financeira, estaria repassando apenas parte dos valores, e com atraso, ao HC, o que ocasiona falta de medicamentos.

Com esse momento problemático que enfrenta, o Hospital Evangélico já não consegue atender seus próprios pacientes de forma mais digna. O fato de o estabelecimento ter parceria com o Hospital do Câncer aumenta o contingente de pessoas afetadas pelas deficiências no atendimento, resultantes certamente por má gestão de recursos por parte do HE.

As autoridades douradenses sabiam do mar de lama que o Hospital Evangélico vem atravessando e, mesmo assim, insistiram em manter contrato, não se preocupando com as dificuldades vividas diariamente pelo corpo clínico e os riscos que correm os usuários de ambos os hospitais. Os administradores da cidade deveriam tomar para si, mesmo que temporariamente, o controle do HE (assim como está sendo feito no Hospital da Vida) para ajudar sua equipe a solucionar essa situação e evitar a repetição da mesma e oferecer auxílio ao HC para que este mantenha a qualidade de seu trabalho até que tudo seja normalizado; se os resultados demorarem para surtir efeito ou isso não acontecer, vai ser preciso encerrar o contrato com a primeira unidade de saúde e entregar a segunda a pessoas, empresas ou organizações que tenham capacidade de colocá-la e mantê-la em ordem.

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