Obstáculos para o acesso ao conhecimento

As duas bibliotecas públicas de Fortaleza, no Ceará (a Governador Menezes Pimentel, administrada pelo governo do estado, e a municipal Dolor Barreira) estão em condições precárias. A primeira está fechada desde fevereiro deste ano para reformas, que se iniciariam em abril e seriam concluídas dentro de seis meses, mas até agora as obras nem começaram. Na segunda, falta segurança, o horário de atendimento é e o acervo são reduzidos, o espaço da sala de estudos é pequeno, os banheiros estão sujos, os rebocos das paredes, caindo, o bebedouro, quebrado, e a pintura, deteriorada.

Uma das bibliotecas não funciona. Só resta aos estudantes, professores (tanto de escolas quanto de faculdades) e ao restante da população fortalezense frequentar o outro estabelecimento, que possui livros em pouca quantidade e/ou dotados de conteúdo de pouca relevância, além de não oferecer as mínimas condições estruturais necessárias para proporcionar conforto e segurança aos visitantes. Mesmo com a atual expansão dos serviços de internet, esses locais ainda têm muita importância; certas atividades escolares ou universitárias requerem pesquisas em materiais especiais, que dificilmente são encontrados no mundo virtual com a mesma qualidade que os originais.

Antes de decidir pela paralisação das atividades da biblioteca estadual, o governo cearense deveria ter feito um planejamento para que os reparos começassem e terminassem pontualmente. A Prefeitura da capital precisa fazer esses procedimentos quando forem executadas obras no prédio que administra a fim de melhorar a situação do mesmo e não seguir o exemplo do Estado.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Omissões que soterraram vidas e sonhos

Justiça de novo em busca de garantias de retidão

A solidez do inédito nível de apoio que Lula recebeu para voltar aonde já esteve