Apagão paralisa órgãos policiais por 8 horas

Nesta sexta-feira, uma delegacia da Polícia Civil, a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), o Departamento de Polícia Técnica (DPT), câmaras frias do Instituto Médico Legal e uma carceragem para presos provisórios ficaram sem luz das 15 ás 23 horas em Teixeira de Freitas, no sul da Bahia. Os detentos chegaram a fazer uma rebelião em razão do calor e da falta de iluminação, mas foram contidos depois que agentes acenderam velas. No momento do blecaute, as cãmaras frias estavam desocupadas, visto que dois corpos haviam sido transferidos para Itamaraju. Mesmo sabendo dos problemas em razão das inúmeras ligações feitas, a COELBA (Companhia de Eletricidade da Bahia) não tomou providências para saná-los de imediato. Não há informações sobre possíveis dívidas da Polícia Civil com a empresa.

A reputação da COELBA está muito distante do ideal. No site Reclame Aqui, por exemplo, a quantidade de reclamações de seus consumidores aumenta constantemente por cobranças indevida ou por falhas constantes no fornecimento de energia das casas e empresas; nenhuma das mais de 700 queixas é sequer respondida, tanto é que o site classifica a companhia como "não recomendada".

E a incapacidade da COELBA de gerenciar o sistema elétrico baiano também traz reflexos negativos ao funcionamento dos serviços públicos, aumentando os transtornos causados á sociedade. Apesar de terem conseguido evitar a deterioração dos corpos armazenados nas cãmaras frias e a amenizar a escuridão, mas não puderam controlar o calor, o que poderia dificultar a contenção da fúria dos presos, nem prosseguir em trabalhos investigativos que estavam sendo feitos, dificultando a conclusão destes e a definição das penas a serem aplicadas aos internos. Com certeza não é a primeira vez que coisas desse tipo acontecem; escolas, universidades, escritórios dos governos municipais e do estado destinados a atender o povo e até unidades de saúde podem estar sofrendo as consequências da precariedade no fornecimento de energia.

O governo do estado e a Justiça têm que intervir para cobrar dos administradores da COELBA medidas para aumentar a qualidade dos serviços prestados, como a contratação de profissionais mais competentes na área administrativa e nas relacionadas ao gerenciamento da transmissão de eletricidade. Se tudo continuar como está, os responsáveis terão de perder seus cargos para que as funções passem a ser exercidas por gente mais preparada. Com essas medidas, a economia local progrediria mais e as ações governamentais voltadas ao aumento da eficiência dos serviços públicos passariam a ter uma eficácia maior.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Omissões que soterraram vidas e sonhos

Justiça de novo em busca de garantias de retidão

A solidez do inédito nível de apoio que Lula recebeu para voltar aonde já esteve