Juiz acaba com altíssimas diárias

Em Ribas do Rio Pardo, aqui no estado, o juiz substituto Valter Tadeu Carvalho determinou que a Câmara Municipal não autorize a concessão de diárias que, somadas, chegam a mais de R$ 500.000,00 a vereadores e funcionários, sob pena de multa de R$ 1000,00 por dia. O Ministério Público já havia movido ação civil pública contra legisladores e servidores por receberem de R$ 11.950,00 a mais de R$ 55.000,00 para participarem de eventos dentro e fora do estado.

Como se já não bastasse o salário dos vereadores, que, como em qualquer outra cidade, não é nada baixo, os de Ribas ainda tinham direito a cobrir suas despesas com viagens de cunho político ou não sem mexer em sua vasta fortuna. Para seus bolsos era canalizada uma enorme quantia que, apesar de não ser de mais de milhões de reais, tinha significativa importância ao se considerar o pequeno porte do município.

E, sem dúvida, as consequências já estão sendo sentidas. A Prefeitura pode estar tendo dificuldades para manter suas contas em ordem, o que prejudica os serviços oferecidos aos riopardenses, como saúde, educação, obras públicas e cultura; certamente faltam estrutura e equipamentos adequados para estes setores e quem neles atua não está recebendo o salário na quantidade que deveria (isso poderia ser resolvido com todo esse dinheiro perdido).

O juiz titular, que talvez estava ausente no momento em que o substituto tomou a decisão, necessita ser informado sobre esta para não alterá-la, garantindo assim que o emprego inapropriado dos recursos pare e estes passem a ter a destinação correta a fim de reestabelecer a ordem nos cofres da Prefeitura e o bom funcionamento de todos os setores que atendem à população. Cabe também uma investigação para avaliar a contuda do prefeito e seus servidores diante desse escândalo e para que sejam tomadas as devidas providências em caso de omissão ou cumplicidade por parte deles.

Não é a primeira vez que os vereadores riopardenses se envolvem em irregularidades administrativas. O povo está pagando o preço por não ter se informado o máximo possível sobre os edis que elegeram antes de irem às urnas e/ou por tê-los posto no poder após aceitarem recompensas para satisfazer suas necessidades individual.

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