Pistas de avenidas e de rodovia são pichadas

No trecho da BR-101 que passa por Natal, no Rio Grande do Norte, e algumas avenidas da capital potiguar, como a Capitão Mor Gouveia e a Felizardo Moura, surgiram desenhos improvisados semelhantes a ciclofaixas (faixas destinadas aos ciclistas); eles começaram a aparecer na avenida Felizardo Moura no último dia 21. De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana, as faixas não são de autoria do governo e não devem ser usadas por não obedecerem as normas de segurança que devem ser seguidas durante sua confecção.

A implantação de faixas de pedestres, ciclofaixas e similares com certeza requer o respeito a uma série de normas; por exemplo, elas devem estar retas, ser pintadas com tintas que resistam o máximo possível ao tempo e às variações climáticas, além de, antes de se instalar a sinalização, ser importante a avaliação das condições das vias (como a largura) para averiguar se a mesma é viável e, após a conclusão, colocar placas e outros meios que informam a presença desses materiais. Já as falsas faixas presentes nas avenidas e na rodovia foram feitas por pessoas despreparadas (moleques talvez) que, ao executarem tal procedimento, até tinham a intenção de ajudar os ciclistas ou protestar contra o descaso do qual eles são vítimas, mas essa atitude, em vez de trazer benefícios, pode estar até piorando as coisas, já que as pinturas tornam o trânsito confuso e não oferecem segurança a quem trafega sobre as duas rodas e às demais pessoas que transitam por essas áreas.

Se os autores desse ato de vandalismo forem localizados, as autoridades natalenses precisam puní-los, preferencialmente com multas altas e obrigando-os a desfazer suas obras. Há melhores formas de protestos que não geram riscos e desvantagens, como mobilizações nas redes sociais, passeatas com bicicletas, concentrações em frente a edifícios públicos (desde que sejam promovidas de forma a não atrapalhar o expediente), dentre outros tipos; assim, eles usariam de seu direito de pedir o atendimento às necessidades dos adeptos do transporte alternativo sem violar o que os cidadãos em geral têm de usufruir de um trânsito confortável e seguro.