Governador quer que cidade inicie o próximo ano com rodovia pavimentada

O governador daqui do estado, André Puccinelli (PMDB), para o qual só resta pouco mais de um mês de mandato, está pressionando a empresa CGR, uma das envolvidas na pavimentação da MS-040, entre Campo Grande e Santa Rita do Pardo, a concluí-la até 18 do próximo mês, sob ameaça de suspensão dos pagamentos e pediu ao prefeito da segunda cidade, Cacildo Dagno Pereira (PRP) que cobre da empreiteira um aumento no ritmo dos trabalhos, iniciados no ano passado. A empresa poderá não cumprir o prazo. O término da obra é muito esperado pelos santa-ritenses, pois vai retirá-la do isolamento, melhorar as condições da rodovia e reduzir o tempo de deslocamento para outras cidades.

O fato de o povo de Santa Rita do Pardo estar praticamente isolado nos dá uma ideia da situação em que está a rodovia MS-040. A lama em dias chuvosos e os buracos, por exemplo, tornam interminável e dificultosa a ida a outras cidades, entre elas Campo Grande. Desperdiçava-se tempo e combustível e os altos gastos com manutenções em veículos devido ao desgaste provocado pelas más condições da pista; no caso do transporte de mercadorias produzidas nas atividades econômicas do município, o preço não era nada baixo (isso quando os produtos chegavam a ser transportados!). Mas essa situação está se revertendo, porém a CGR não vai dar conta de cumprir o prazo, podendo fazer com que os santa-ritenses tenham de esperar mais para realizar esse sonho!

Só que ainda há esperança para este povo! Esperamos que o governo dê sinais de que poderá punir a empresa para que esta aproveite o tempo restante e conclua esta obra a fim de que ela não fique para o próximo governador (o que pode gerar dificuldades em sua conclusão devido à mudança) e Santa Rita do Pardo comece o novo ano já com condições que contribuam para uma maior eficiência nos transportes, principalmente dos produtos de sua economia a outras regiões do estado e Campo Grande, de onde poderão seguir para outros locais do país.

Antes de se lançar no universo das obras públicas, as empreiteiras precisam verificar se sua estrutura (mão-de-obra e equipamentos) e situação financeira estão em condições favoráveis a isso e, antes de iniciar um serviço desse tipo, fazer um planejamento eficiente para auxiliar nos próprios trabalhos e no enfrentamento a dificuldades que podem aparecer. Muitas dessas empresas, como pode ser o caso da CGR, porém, não se preparam aequadamente, talvez pela preocupação maior com os lucros que com a importância das obras ou por falta de profissionais especializados e condições que possibilitem isso; e é aí que muitos projetos são concluídos com atraso ou sem os cuidados necessários a seu bom funcionamento (isso se não levarmos em conta os que simplesmente param), decepcionando e prejudicando quem precisa dos serviços.

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