Policiais, bandidos e cidadãos em clima de guerra
Após o assassinato de Pet, motivado possivelmente por suas atividades sujas, feitas conforme sua vontade, indo contra sua verdadeira missão de proteger o povo da criminalidade, possíveis colegas seus podem ter atuado como ou até pior que os marginais ao terem provavelmente vingado esse crime. Sem dúvida, muitas das vítimas dessa caça às bruxas eram inocentes; e até as que possuíam eventual envolvimento com a marginalidade deveriam ser punidos de acordo com o que as leis deterinam. Além de essa carnificina ter deixado um rastro de sangue e insegurança, o possível envolvimento de PMs reduz a confiança na polícia por parte da população e dá maus exemplos à juventude que já não tem acesso tão fácil a educação de qualidade e projetos sociais e acaba se vendo mais estimulada a ingressar na criminalidade e revoltar-se contra os profissionais da segurança pública, muitas vezes cometendo violência contra eles. E, então, com essas más condutas, a polícia se afasta mais da sociedade e ajuda em sua própria destruição.
É preciso que todos os deputados se unam em favor do povo e criem a CPI. Ela vai agilizar os trabalhos de investigação para que se descubrae puna os culpados e suas ações podem dar origem a propostas de medidas destinadas a tornar a polícia mais limpa, se integrantes desta realmente estiverem envolvidos na matança.
Porém, um dos assassinatos ligados à morte de Pet, o de Layane, não tem envolvimento de policiais, e sim de seu ex-namorado, que teria mandado matá-la. E como ele conseguiu entrar em contato com os executores para pedir-lhes esse "favor"? Por meio de celulares ou equipamentos com acesso a internet, certamente! Esses aparelhos podem ter chegado até Ramon devido ao descuido de agentes penitenciários, resultante da qualificação ineficiente e equipamentos inadequados e às condições estruturais do presídio, que facilitaram o envio do material. Nas mãos de detentos, esses aparelhos enviadores e receptores de mensagens se tornam poderosas armas, que lhes permitem continuar comandando seus "negócios" e planejar outras ações criminosas; e, então, mesmo encarcerados, os presos fazem da cadeia uma extensão de suas atividades, fazendo com que a pena que lhes é imposta não signifique nada e dando continuidade ao perigo e ao medo que acompanha o cidadão a todo momento e em todo lugar.
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