Órgão de pesquisa recebe ajuda em projeto para afastar pragas de lavouras de cacau

Em Ouro Preto do Oeste, no interior de Rondônia, a Estação Experimental da CEPLAC (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), um órgão federal, recebeu, do Centro de Pesquisa do Cacau, de Ilhéus, na Bahia, materotânico destinado à produção de mudas clonadas mais resistentes à praga conhecida como vassoura-de-bruxa. As mudas poderão ser enxertadas em cacaueiros infectados. Em cerca de seis meses a árvore clonada já tem copa própria, podendo a doente ser cortada, e estará pronta para produzir cacau dentro de dois anos. Com isso a produção pode passar de 450 kg para 3 toneladas por hectare anualmente.

Daqui a alguns anos poderão surgir na cacauicultura rondoniense enormes mudanças positivas com a inserção das plantas geneticamente modificadas, uma novidade por lá, antes restrita ao sul da Bahia, onde são produzidas. Apesar de possuírem diferenças genéticas em relação às árvores comuns, não há risco de o organismo destas atacar e rejeitar as mudas implantadas, podendo estas desenvolver-se sobre o cacaueiro doente e substituí-lo, ao contrário do que pode ocorrer com órgãos humanos transplantados. Será reduzido o uso de agrotóxicos, que certamente não conseguem controlar a vassoura-de-bruxa, e, com ele, os prejuízos causados tanto pela própria doença quanto pelos gastos que teriam sido feitos em vão pelos cacauicultores na tentativa de amenizar os estragos e os riscos que aplicadores, consumidores e a natureza correm inutilmente. A longo prazo, o cacau pode tornar-se mais um produto de grande importância na economia de Rondõnia, que tem chances de se tornar um forte concorrente da Bahia, que o maior produtor do fruto no país e há muito tempo conta com essas ações inovadoras promovidas por instituições de pesquisa. Tais iniciativas também deveriam ser expandidas para os outros estados onde o cacau é cultivado, como Pará, Mato Grossso e Espírito Santo a fim de alavancar a produção nacional e até superar a queda da mesma devido ao surto da doença fúngica, ocorrido na década de 90.

É provável que esse material enviado a Rondônia tenha, durante sua elaboração, sido programado geneticamente para resistirem às variedades amazônicas do fungo causador da doença, que podem ter sido estudadas anteriormente e apresentamiferenças em relação às encontradas na Bahia. Em caso negativo, deverão ser, aos agricultores, rerpassadas orientações sobre manejo das lavouras de acordo com os aspectos geográficos, climáticos e ambientais da região e distribuído o Tricovab, biofungicida produzido pela CEPLAC e composto por micro-organismos danosos a esse agente infeccioso. A não tomada dessas providências pode manter essa atual realidade, frustrando a classe produtora com o adiamento dessa oportunidade de dar-lhe melhores condições para dedicar-se aos demais investimentos necessários para melhorar o desempenho de seus cultivos e sua qualidade de vida.

Nas regiões onde situam-se esses centros de pesquisa da área cacaueira e de outros gêneros, as escolas e faculdades precisam, sempre que necessário, ser contempladas com investimentos para não deixarem de oferecer materiais e infraestrutura adequados à melhor absorção dos alunos e o desenvolvimento de um melhor trabalho pelos professores e outros funcionários, que possibilita o alcance da meta anterior. E também precisam ser feitos monitoramentos e avaliações na qualidade do ensino dos estabelecimentos públicos e privados com a intenção de garantir que o pagamento dos inpostos pelos cidadãos em geral para manter os primeiros e das mensalidades pelos frequentadores dos últimos dê bons frutos. A maior atenção para com o sistema educacional possibilitará a essas instituições que desenvolvem trabalhos na área de desenvolvimento científico e tecnológico muitos ganhos ao dar oportunidade à mão-de-obra local, constituída por jovens estimulados desde o Ensino Fundamental a dedicar-se à busca pelo conhecimento, o que lhes permitirá criar, avaliar e executar ideias inovadoras no desenvolvimento de produtos agropecuários ou industrializados mais práticos, saudáveis e seguros para os consumidores tanto do mercado externo quanto do interno, que também merece ter essas novidades a sua disposição, e nas áreas da saúde humana, meio ambiente, entre outras.

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