Vidas recém-iniciadas a perigo

Ultimamente a incapacidade dos governantes na gerência da saúde em Maceió, capital de Alagoas, intensificou sua forma mais perversa de manifestação, começando a integrar a vida dos habitantes da cidade e do interior já nos primeiros instantes após seu início. As reformas iniciadas no ano passado e concluídas no último mês não levaram a progressos nas condições estruturais da Maternidade Escola Santa Mônica, inferiores ao que é exigido para atendimento seguro aos bebês e gestantes, realidade conhecida há anos pelos usuários. Duas semanas depois da reinauguração do hospital a chuva que atingiu a capital alagoana nos dias 19 e 20 comprovou a unicidade do efeito que tiveram os trabalhos e teria a negação destes. O telhado e o teto não ofereceram resistência à passagem da água e a deixaram invadir o interior do prédio. Na noite do dia seguinte o mau tempo ajudou na descoberta de problemas na instalação elétrica, até então desconhecidos por grande parte do povo, com os quais já tinham contato, porém, os funcionários. Maceió foi atingida por um apagão, ao qual não ficou imune a instituição devido a uma falha no gerador. Mesmo após a religação da energia no aglomerado urbano, o centro de saúde prosseguiu no breu. A enxurrada de resultados negativos, provenientes da predominância de foco pelas autoridades nos preparativos para o cerimonial de reabertura do centro obstétrico sem antes verificar o modo como eram desempenhados os reparos no momento em eram executados e nos seguintes a seu término levou o brilho que teria o espetáculo para os participantes e para quem seria beneficiado com o serviço, assim como todos os investimentos efetuados com a contribuição destes e de toda a coletividade devido ao novo fechamento do espaço.

No decurso das melhorias estruturais levadas a cabo na maternidade, o espaço servia ao mesmo tempo de canteiro de obras e a suas tradicionais funções, já que apenas parte dos atendimentos foi paralisada. Os pacientes (mães e filhos) e os funcionários dividiram o espaço com os operários sob o barulho, a sujeira e as desordens provocadas movimentação de operários e seus equipamentos. o que sem dúvida limitou as chances de os trabalhadores internos se empenharem em contribuir como pudessem no alívio desses fatores contrários aos direitos dos usuários, podendo, com a possível companhia da falta de cuidado do governo no fornecimento da mão-de-obra e/ou dos materiais, ter sofrido semelhantes restrições as tarefas dos encarregados de restaurar o ambiente, impossibilitados de elaborar e pôr em prática planos mais úteis para essa jornada, com grande destaque aos consertos nos sistemas de energia elétrica e barramento de água de chuva. Tanto é que à posterior normalização dos trabalhos médicos com o acabamento das intervenções seguiram-se novas deficiências estruturais, uma delas – o apagão – com seriedade nunca vista antes, incluindo os fenômenos que se passaram após o mesmo e proporcionaram o mesmo nível de revolta aos servidores e os responsáveis familiares pelos pacientes com a maneira como estaria sendo conduzida a gerência do hospital, cujo desempenho explica a tumultuada maratona desencadeada para menter os bebês, alguns dos quais passavam por cuidados intensivos nos leitos de UTI, vivos durante a operação de transferência para outros centros de saúde e o descaso na obtenção, processamento e repasse de dados sobre como e para onde seriam remanejadas as crianças e os trabalhadores, informações não enviadas devidamente a parte dos membros das duas categorias nos primeiros instantes. O impacto derivado do estouro dessa bomba acabou sendo sentido e produzindo distúrbios nas unidades que receberam a demanda, ficando superlotados e uma delas tendo de adiar reformas previstas para suas instalações. E, embora tenham sido contestados rumores de que alguns pacientes teriam falecido naquela noite tumultuada, um outro foi de fato vitimado fatalmente no dia 23 por uma bactéria que se hospedou em seu organismo devido a prováveis falhas nas medidas de proteção adotadas na hora do remanejamento, para as quais os recursos aplicados não teriam auxiliado na obtenção de respostas úteis por causa da interrupção da luz, e teve ainda mais condições de parasitá-lo em função da prematuridade de seu nascimento.

Cada nova equipe de governo que assumiu o comando de Alagoas nos últimos anos com certeza alimentava entre os eleitores ligados às questões da maternidade e os alagoanos em geral perspectivas de largos avanços nessas questões, que, porém, eram logo desfeitas pelas políticas de todos esses administradores,que teriam imitado uns aos outros tratando as reivindicações de pacientes e empregados do estabelecimento hospitalar na intensidade de sua visão de importância destas, não alinhada às reais necessidades apontadas pela prática. Fica ao novo governador Renan Filho e seu corpo administrativo o desafio a ser obrigatoriamente superado de mudar para a direção certa os rumos desta história investigando as responsabilidades pelos acontecimentos na Santa Mônica, determinando aos culpados o pagamento de um preço conforme o merecido por seus atos e prevenindo novos casos por meio de verificação e, quando precisi, exigência de adequações nos procedimentos usados pelos setores administrativos desta e das outras unidades médicas do estado para a coleta e o gasto dos recursos enviados pelos cidadãos, ao mesmo tempo seus mantenedores e dependentes, o que deve se aplicar tantp ao próprio funcionamento das entidades quanto nos processos de ampliação e melhoria dele (onde se incluem as reformas nos edifícios). Ao Estado também cabe dispor de ambientes, mão-de-obra e instrumentação apropriados para recepcionar seus futuros contribuintes como forma de firmar parcerias com as gestantes, a quem já exige os acompanhamentos médicos na gravidez, sendo isso capaz de unir ambos os lados através do alcance por estes de igual consciência a respeito do valor das tarefas de cada um, que deve ser mantido durante toda a vida dos novos indivíduos com a garantia de acesso a seus direitos, com destaque aos de ter protegidos sua saúde e segurança e de obter conhecimento destinado a lhe permitir a elaboração e o uso de ideias que tenham algo a somar na sociedade.

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