Em dois lados da história houve a presença de mentes desequilibradas

Seguindo-se o "acidente" com o Airbus da companhia alemã Germanwings, ligada à gigante Lufthansa, nos Alpes franceses, a recuperação de uma das caixas-pretas, imediatamente depois da queda, apontava indícios de que a escrita da palavra entre aspas era uma considerável opção e o achado do segundo armazenador de informações de voo nos dias posteriores garantiu total segurança a quem desejava fazê-la. O co-piloto Andreas Lubitz, acometido por desordens na sanidade mental como depressão ou até narcisismo (fortes egoísmo e amor a si mesmo), não teria sido o único personagem do real enredo privilegiado pelos citados transtornos, embora padecesse destes há tempos, tendo especialmente o segundo distúrbio se manifestado (não sendo inédito, talvez) em internautas espanhóis espectadores da tragédia que após sua confirmação, ainda naquele 24 de março, pegaram carona no fluxo de informações sobre o infeliz fato lhe aproveitando-se para efetuar discursos preconceituosos a grupos étnicos taxados de inferiores, como os habitantes da Catalunha (cuja capital é Barcelona, de onde tinha o voo decolado rumo a Düsseldorf, na Alemanha) ou do País Basco, motivo pelo qual são investigados pelas autoridades nacionais.

Em que planeta andavam a Lufthansa e as instituições governamentais incumbidas de monitorar a segurança do transporte aéreo no espaço alemão nos diversos e não inéditos alertas em torno dos problemas psíquicos que acometiam Andreas Lubitz (tanto através de laudos médicos como de situações anormais por ele, vivenciadas, como a interrupção de um curso de pilotagem há muitos anos e o rompimento de um noivado)? Averiguações levadas a cabo pela Agência Europeia de Segurança Aérea numa ocasião anterior ao suicídio do co-piloto junto aos inocentes (passageiros e demais tripulantes), espalhando destroços e fragmentos dos corpos (reduzidos a algo semelhante a montes de papel picado) por uma grande extensão entre as montanhas já davam sinais de que essa tragédia que estava por vir não seria causada por forças sobrenaturais, tendo resultado de inconformidades com os regulamentos nos serviços do ramo da aviação determinadas no continente, destacando-se as normas de vigilância da saúde dos empregados na área. É tendência entre os pacientes com estas graves desordens no controle das emoções e na capacidade de refletir a respeito dos resultados que seus atos podem trazer a si e a quem com eles convive a discórdia com a real visão das pessoas sobre seu status de saúde, crendo estar elas "vendo coisas demais" e atrapalhando seus tratamenrequer, logo,terística que os impulsiona a dar trabalho durante as idas a consultas (quando o responsável pelo indivíduo consegue completar a missão) e livrar-se dos medicamentos prescritos ou de documentos que comprovam sua condição (a esse último ato, aliás, teria recorrido Lubitz investindo contra atestados que o afastariam das cabines de voo) e requer, logo, consideração pelos familiares, amigos, patrões, vizinhos e quaisquer outros conhecidos para unir esforços junto ao paciente nessa luta necessária e benéfica a todos, entendimento de indispensável introdução na embaralhada consciência do enfermo. A desunião gerada por possíveis fraquesas na comunicação entre a Lufthansa, o Poder Público e a família de Andreas, assim como no controle pelo governo federal do funcionamento das companhias aéreas e escolas de treinamento para pilotos (falha originadora do ponto cego pelo qual passaram em vão os primeiros sinais de alarme quanto à instabilidade mental da referida pessoa, prováveis alertas vindos do estabelecimento onde fazia o curso interrompido há anos) encolheu significativamente o retorno esperado com os esforços dos parentes com o propósito de controlar o temperamento do aeronauta e assim mantê-lo para poder até voltar a fazer o que era para ele uma paixão. O inferior comprometimento da empresa e de quem deveria corrigir sua postura nessas questões baixa a níveis ainda mais banais a culpabilidade do co-piloto e, com isso, põe abaixo qualquer incerteza restante sobre sua inclusão de uma forma ou outra dentre as vítimas e a constatação de igualdade dos impactos causados à parentela de todos os ocupantes.

Sem condições de avaliar a gravidade da medida que tomaria, Andreaz Lubitz seguramente tinha em meio a outros pensamentos incomuns, a hipótese de ser reverenciado pelo feito, bem como já pretendia ter seu nome conhecido e lembrado em nível mundial, ideias das quais inacreditavelmente ambas se cumpriram. Ao mesmo tempo em que autoridades e cidadãos comuns do mundo todo tentavam consolar conforme podiam quem tinha contato com as 150 vidas inesperada e horrivelmente expiradas, houve, de plantão, nas redes sociais quem vangloriasse o co-piloto por sua atitude impensada, embora ainda não se sabia que este havia chocado contra as montanhas e esmigalhado intencionalmente o avião, desejando a presença de catalães (de fato parte dos ocupantes do veículo aéreo), bascos e "panchitos" (termo que se assemelha a marcas de salgadinhos, mas é usado na Espanha talvez para rotular imigrantes vindos de países latinoamericanos outrora colonizados por ela) no voo e expressando incômodo com as lamentações resultantes do sinistro na afirmação de um internauta que apontava serem os viajantes "catalães, e não pessoas". É, gente, esta é a Europa! Local integrado por muitos países prósperos nas questões socioeconômicaa, nas quais se inclui a educação – pedagógica, enquanto parece fraco o ensino moral, fenômeno culpável por essas posturas irracionais abraçadas por parte da população a respeito do tratamento que deve ser dado a grupos humanos estrangeiros ou os viventes na área, porém com costumes diferenciados, para as quais a inspiração vem do passado europeu em que por séculos a região era vista como o modelo a ser seguudo na marra pelo resto do mundo nos quesitos políticos, econômicos, sociais e culturaia e provavelmente no apoio que pode estar sendo dado a essas visões por alguns governos. Tamanha era, como hoje se preservam pequenos, mas significativos, vestígios de que ainda seja, a "certeza" de a Europa ser a cabine de comando da humanidade que seus condutores e até passageiros disparavam (realidade não erradicada por inteiro nesses tempos modernos) sem controle, atingindo os outros continentes com táticas de colonização e seu próprio lar com medidas para afastar riscos de possíveis deformações nos perfis da sociedade e cultura, exemplificando-se "pequenas" negações de direitos a falantes de línguas, praticantes de costumes e seguidores de crenças julgadas como "bárbaras" e até grandes estratégiias, que chegaram a ser praticadas e alcançaram resultados catastróficos, de "limpeza étnica", entre os representantes se encontram a dita cuja feita na finada Iugoslávia e o holocausto nazista.

Que tal o povo alemão e, em apoio, grupos populares dos outros países atingidos pela tragédia com a aparição de nativos deles na estatística de vítimas saírem às ruas mostrando o real significado da causa ao governo germânico na ocorrência de pouca vontade em aproveitar os erros levantados pelo caso na atualização da estrutura, quadro de funcionários e procedimentosformas de trabalho na operação e checagem do estado em que se encontram todos esses elementos? Ficou mais perceptível graças aos frutos colhidos depois do cultivo das injustiças dirigidas ao co-piloto e seus acompanhantes, que pagaram a conta sem ter colaborado em sua constituição, o valor do envolvimento conjunto entre família, outros grupos sociais de que fazem parte portadores de desequilíbrios psíquicos e demais distúrbios de saúde graves e as instituições públicas na ultrapassagem dos desafios advindos das anormalidades, algo cujo sucesso depende da contribuição de todos os envolvidos de modo a ajudar-se e as lições deixadas são de grande serventia nos setores políticos e civis de todas as comunidades nacionais. De forma parecida manifestaram-se, ultrapassando os instantes em que eram tratados como inéditos, sinais (merecedores de atenção em igual nível pelas sociedades) da exigência de campanhas educativas emdestinadas a membros em geral de quaisquer culturas no sentido de convencê-los quanto àà invalidez de crenças que dizem respeito à superioridade de determinados grupos socioculturais sobre outros por ser particular aao modo de vida e características do espaço em que vive cada organização (não depender de critérios externos) e creditação a todos os integrantes de comportamentos adotados por minorias, detendo a propagação dessa espécie de desordem mental contraída por esses fatores humanos e do ambiente (ao invés das doenças de Lubitz, advindas provavelmente de causas genéticas e orgânicas, embora possam ter a participação dos fenômenos ambientais), possíveis de serem combatidos e evitados com meios mais fáceis e baratos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Omissões que soterraram vidas e sonhos

Justiça de novo em busca de garantias de retidão

A solidez do inédito nível de apoio que Lula recebeu para voltar aonde já esteve