Dimensões incompatíveis entre si

Ficaram para a Prefeitura e os moradores da cidade paulista de Avaré os custos (não abrangentes apenas às questões financeiras) dos prejuízos induzidos pelos danos um um semáforo derrubado há dias no encontro das avenidas Bahia e Major Rangel após a carga de um caminhão vindo de Sumaré atingir fios do aparelho.

Até que se concluam os processos de conserto ou troca do sinaleiro estarão sendo testemunhados e sentidos na pele e nos nervos de quem inclui aquele trecho nas rotas para seus cotidianos deslocamentos os reflexos da falta dos dispositivos e, consequentemente, entender o significado que esta sinalização especial começa a ter no aglomerado urbano (mesmo situando-se no interior do estado que sedia uma das mais famosas metrópoles do planeta) por conta de seu nível populacional (na casa dos 100 mil habitantes), que influencia na frota de veículos particulares, ainda mais por dela dependerem justo as regiões de alto fluxo. Tendo os recursos públicos direito ao nome que recebem por estarem sua fonte, sustento e uso em maior parte a cargo da população, as entidades estatais também ocupam importante lugar nesta jornada orientando a sociedade acerca das formas de correto aproveitamento desses direitos e, conforme as necessidades, promovendo melhorias nos patrimônios nas mais diversas circunstâncias, como modernização estrutural dos bens e lugares de propriedade coletiva e a cobertura de prejuízos que lhes podem ser acarretados por descuidos ou más intenções de certoa usuários, item de indesejáveis consequências no curso do anterior quando é dele removida parte dos investimentos para remediar os imprevisíveis transtornos. Mais um custo dos transtornos com a sinalização inutilizada, este universal, pois estará impedindo a oferta de serviços públicos com atendimento mais digno a todos os avareenses, independendo a frequência com que utilizam a área do fato, através do legal (conforme a lei), mas inconveniente desvio de valores financeiros, mão-de-obra e equipamentos para temporários ofícios de orientação do tráfego (se estiverem a ser feitos) e, claro, os desembolsos com a reposição do farol.

Funcionários municipais vagaram, então, pelas vias em instantes depois ao incidente à procura do motorista do caminhão responsável pelo estrago a fim de cobrar dele e de seus empregadores o comprometimento parcial com o reparo dos danos. O pouco detalhamento das informações em torno da ocorrência veiculadas pela imprensa local permite análises pelos envolvidos (o condutor, seus contratantes e os gestores públicos da cidade), os cidadãos e, se não conseguirem chegar com facilidade a um acordo sobre a culpa ou inocência de cada uma das partes, com apoio da Justiça na instituição e no cumprimento das penas que couberem aos envolvidos conforme contribuíram para o resultado visto. Num primeiro instante o infortúnio reexibe os maus aspectos trazidos de carona com os lucros do abastecimento econômico às rodovias e principalmente nas zonas urbanas, cuja estrutura caracterizada pela ocupação de relevante parte do espaço por construções, veículos menores e pedestres intensifica os efeitos, por caminhões postos para circular com peso e altura excessivos, que detonam com os bens públicos (asfalto, passarelas de pedestres, viadutos, semáforos) e mostram em diversos casos que podem impor o mesmo destino a vidas de pessoas de bem, na sua maioria, sem ligação alguma com o maior foco de quem explora o setor em concentrar riquezas – tão preciosas que legitimam as punições estudadas pelos gerentes estatais de Avaré que as têm como alvo – não seguindo por inteiro as determinações que dariam esse direito com ajuda dos elaboradores e engajados para fazer as regras funcionarem, adeptos, contudo, de metodologias e/ou estrutura produtoras do desfecho contrário. Os relatos midiáticos aproximam desse contexto as causas da trapalhada, ainda mais por não conter dados acerca das condições em que estavam instalados o sinal de trânsito e seus fios, podendo arriscar a imagem no mercado dos empregadores e a renda e até as vagas de trabalho dos caminhoneiros e outros serviçais, em caso de inocência, a indisponibilidade de conhecimentos a respeito de irregularidades na implantação dos equipamentos (fios abaixo da altura recomendada pela lei, por exemplo), se isso, existente em vários lugares, tiver acontecido neste município.

É a ordem para as repartições governamentais caminhar sem paradas rumo a melhores patamares de qualificação e independência quanto a vontades particulares de seus integrantes nos procedimentos que objetivam a ampliação e o aperfeiçoamento de seus serviços e disciplinar por meio de açôes educativas, fiscalizadoras e penais, a utilização dos mesmos pelos destinatários. A chance de melhoria das condutas administrativas por estes meios faz o Estado pagar, mesmo com o agravante de sua fraqueza na percepção disso, o preço do desprezo que dele parte, só que tendendo este custo a recair sobre ps dependentes dos sistemas políticos

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