Motosserra na fortuna dos vândalos ambientais

Sabe aquelas coisas que são boas demais para serem verdade, por causa das desfavoráveis condições comumente inimigas de seu cumprimento? Um fato com essas peculiaridades está em curso no Pará, com relação ao tratamento dado a indivíduos e empresas que promovem desmatamentos na Amazônia por causa do maior rigor a diversos adeptos da exploração predatória, alvos de Ações Civis Públicas movidas pelo IBAMA requerendo multas no total valor de R$ 16,5 bilhões, o reparo dos danos, estendidos por milhares de hectares, e o entrave à concessão de financiamentos e incentivos fiscais aos réus até obedecerem às determinações.

O sugerido andar da carruagem aponta avanços a seu seguimento para os bons rumos a serem percorridos na intenção de colocar em seus merecidos níveis e lugares os anseios das categorias que disputam o controle sobre as terras amazônicas – grandes fazendeiros e companhias, "povoa da floresta" (índios e ribeirinhos) e grupos ambientalistas em geral –, de acordo com a maneira de cada uma enxergá-la, se fazendo possível a conquista dessa meta, mediante a continuidade da tolerância verdadeiramente zero aos infratores (livre de suas influências por pessoas a eles aliadas, conforme apresenta-se no momento) em execução e adicionais passos, considerando-se o emaranhado de discórdias entre as partes que conferem complexidade no caso e responde como motivo para conflitos originadores inclusive de mortes de porta-vozes da região, como a missionária católica Dorothy Stang e sindicalistas, entre eles Chico Mendes e José Dutra da Costa (Dezinho), este assassinado em 2000 no município de Rondon do Pará com a participação de Décio José Barroso, que, mesmo condenado a 12 anos de cadeia, vive em liberdade e voltou a aprontar, sendo um dos réus dos recentes atos punitivos deflagrados pelo IBAMA.

Questão quase nada fácil de se submeter a análises capazes de ajudar a apaziguá-la, como já é de nosso conhecimento! O fervor da disputa é tanto assim, e completamente compreensível, por dizer respeito ao estado de alerta quanto ao significado que pode ter a nível interno e mundial o futuro das brigas por este bioma hospedeiro de asta riqueza biolõgico-cultural e parcial, mas significativo interventor na situação climática da Terra.

Os efeitos das mudanças ambientais geradas por milhares de anos vigentes até hoje de domínio humano sobre o planeta, expressos de modo cada vez mais perceptível, estariam se processando com rapidez e intensidade muito superiores caso não se encontrassem com um dos maiores sistemas captadores de gás carbônico do mundo, a Amazônia, capaz ainda de proteger seus arredores contra queimadas com a permanência do verde nas folhas das árvores e plantas, tornando a vegetação menos vulnerável ao fogo. Ainda assim existem esperanças de expansão aos pobres fenômenos, sustentadas pelos vazios continuamente abertos ou estendidos na cobertura vegetal pelos grandes e poderosos predadores humanos, ressaltada a pouca influência doa "povos da floresta" por explorarem os recursos apenas para o abastecimento de suas comunidades.

As pesquisas científicas ainda não obtiveram conclusões abrangentes para todas as formas de vida amazônicas, havendo logo várias desconhecidas, dentre plantas, animais e grupos humanos (indígenas) que têm pouco ou nenhuma interação com brancos, enquanto com mais antecedência os tem por alvos a caça, as motosserras, o fogo e os insumos voltados às formas tradicionais e pouco diversificadas dos negócios agropecuários (culturas de soja e milho e a domesticação de bovinos, por exemplo), de cujos produtos grande cifracifra pode estar, tal qual é a tendência no resto do país. se reservando aos gigantes mercados consumidores brasileiros (Sul e Sudeste) e/ou internacionais. Em diferentes palavras, os lucros obtidos por estes agropecuaristas e madeireiros em desacordo com seus limites implicam um triplo golpe no Estado e na sociedade a níveis local, nacional e mundial ao ignorar o potencial lucrativo da variabilidade de recursos dali nativos e ainda indisponibilizá-los à Ciência, empenhada em levantar e expor informações relativas ao papel das espécies no funcionamento do ecossistema e as potencialidades de muitas trazerem avanço mos em nosso dia-a-dia (entre outros exemplos, na parte da saúde, podendo elevar os sucessos no tratamento ou curar males, como oo câncer), e aos habitantes tradicionais (índios e ribeirinhos), detentores de múltiplas e profundas ideias de manejo dessas imateriais riquezas para adquirir mais reconhecimento perante a coletividade, despertando-nos para boas relações com as diferenças culturais, os maiores fundamentos de nossa identidade.

Em meio à impunidade que acompanha estes grandes delitos, estruturada provavelmente na nomeação para cargos nas unidades policiais e judiciais de diversas áreas de aliados dos infratores e intimidações dirigidas a quem ousa manifestar-se contra os esquemas, esperanças estão sendo fortalecidas pelo IBAMA e os grandes sistemas judiciários no sentido de direcionar o feitiço contra os feiticeiros, isto é, dar-lhes na parte financeira o gosto do que o meio ambiente sofre com cada árvore mandada para o chão, atitude exemplar de aguardados prosseguimento neste tema e contágio para os tratos requeridos a outras formas de transgressão legal. Quero ver agora quantos dos reús nas Ações Civis Públicas insistirão nos erros depois desse doloroso corte de suas asas monetárias, uma associação de multas, cobrança para ressarcir os estragos e impedimento de acesso a benefícios fiscais em instituições públicas – os Bancos do Brasil, Bradescos, Caixas e similares da vida –, se os procedimentos penais estiverem de fato sendo aplicados pra valer, com todo o rigor que pedem! Por fim, haverá maior êxito na repressão às brechas que facilitam a vida dos oligopolistas com reforços progressivos no apoio às explorações de recursos naturais alternatuvos pelos "povos da florestas" através da criação de entodades voltadas a isso e sustento das já operantes.

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