As Grandes Navegações norte-coreanas

Por mais esforço que faça o governo da Coreia do Norte, escapam outra vez para o conhecimento mundial suas cruentas formas de atender ao povo. Não estando dispostos mantimentos para a uniforme distribuição (segundo especulações), a guerra contra a carestia fora incumbida a membros do exército norte-coreano, mandados ao mar a fim de apanhar pescados. Mas por causa de primitivas condições sob as quais vem ocorrendo o recrutamento, muitos ao invés de voltarem pra casa como heróis pelo caminho ficaram, ao capricho das intempéries marítimas que os levaram já sem vida em seus barcos para longínquas áreas não pertencentes a sua pátria.

A faixa oceânica sob a influência do Japão por anos é um dos culposos grids de chegada das expedições pesqueiras norte-coreanas, que também já visitaram áreas litorâneas russas e africanas. Este outubro foi o ponto de partida desta atual safra de barcos em madeira – até agora 13 em áreas como Hokkaido, Fukui, Ishikawa e Aomori – contendo a escrita coreana (hangul) em cascos e acessórios, trapos aparentando bandeiras da Coreia do Norte e, somadas as descobertas, até 30 cadáveres que a vitalidade abandonara faz tempo conforme o quanto estavam degradados.

No mais isolado intensional-ideologicamente país do planeta cujo governo é aficionado em fazer de sua gleba a primeira de absoluta autossuficiência na comunidade internacional a maior parte dos valores ocidentais é rechaçada pelos Kim, presumindo-se que a soberania alheia figure entre os temas interpretados com total originalidade, segundo a filosofia Juche que Kim Il-sung fundou e seu filho Kim Jong-il passou adiante até morrer, sendo conservada agora pelo jovem neto Kim Jong-un. Essa e outras questões regidas conforme a filosofia integram a única, natal e inquestionável (sob penalidades de prisão ou morte, cumpridas na maiiria das vezes, às cabeças "abertas") via de conhecimento para os norte-coreanos. Além do mais, a sina de todo esse povo é o árduo trabalho no qual são os únicos a colaborar gastando suas forças em nem sempre (caso em algum momento tenham sido) justas condições laborais impostas por suas lideranças que o glorificam só na teoria!

Caso este dos barqueiros provedores de uma das restritas estratégias de abastecimento alternativas à recusa dos altos chefes em se abrirem para os mercados que nunca abandonaram o capitalismo. Seus barcos, sugerindo melhor desempenho em rios durante pescarias de fim de semana ou como alimento para cupins, acabam tendo mais atração pelos não planejados comandos das instabilidades nos movimentos do ar e da água oceânica que pelas anteriormente definidas ordens humanas. Daí as velharias culminarem à deriva próximo ao Japão, que aos ocupantes não mais dá o sub-humano tratamento de praxe nos tempos em que se achava superior às demais nações asiáticas e cobiçava hegemonia sobre elas e por nada ser mais possível a seres nas condições em que houve o encontro dos náufragos, e às faixas marítimas da Rússia e da Somália, onde a recepção pelas Forças Armadas russas e os piratas somalis nem de longe se caracterizaria como amistosa graças à disposição aos pescadores de armamento mequetrefe favorecedor à defesa contra a "violação" dos territõrios pelos "donos" com seu por sua vez gigantismo bélico. Tão psicopatologicamente infantil trato a esses proletários dá ao hoje supremo líder físico norte-coreano (vice no grau de importância por ser o avô presidente eterno) como última chance para se redimir da perversidade condecorações heróicas aos que tiverem concluído o dever retornando vivos para casa.

É cada notícia tenebrosa que da Coreia do Norte vem sobre o jeito que o governo dá nos subversivos! Muita coisa de tão inusitada parece ficção, impressão vista como a realodade pelos adeptos do comunismo incluindo brasileiros. Como vêem inocência num país onde são inventados boa soma das histórias acerca de seus heróis e informações nos mais diversos aspectos com que se bombardeia os cidadãos desde quando irrompem das entranhas maternas e cujo único jornal on-line ativo é o estatizado Rodong Sinmun (com versões em coreano, inglês e chinês), sem contar os sites estrangeiros independentes (como North Korea Times, NK News e Daily NK) especializados em noticiar tudo de bom e ruim que por lá acontece talvez por meio de fontes clandestinas sob alto risco? A quem se simpatiza com aquele lugar recomenda-se uma temporada ou residência definitiva, mas queixas da adversidade em relação a nossos valores só podem existir se nunca saírem do baú mental! (Veja republicação do artigo no site TNG Informa)

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