Presente de Ano Novo com certa previsão de atraso

O ensino superior do Peru segue pela esteira da mudança (muito provavelmente para melhor) desde 2014. Exigência feita para a efetivação da Lei Universitária 30220 foi o desenvolvimento, nas centrais formadoras acadêmicas estatais e particulares, de renovação nas reitorias até o último dia deste ano, como já determinara no precedente. Boa parte das universidades tendo bem usufruído do tempo extra, permanece ainda um ardente foco de resistência sustentado por um membro do setor que guia parte das vozes políticas nacionais com a mesma "virtude" de apego ao poder rumo a condutas passíveis de distanciar novamente o trâmite da lei em modo similar às promessas de Ano Novo mais tarde esquecidas e estipuladas para o seguinte feixe de 12 meses.

Estudantes podendo, através de eleições, em substituição a antigas assembleias de reitores, escolher o regente de sua jornada em direção à serventia social, praticamente certa defronte a obrigação ao aluno de fazer trabalhos de conclusão para ser diplomado. Isso é parte do cenário sucedente à parcial validação da nova lei reguladora da instrução superior, que consegue mobilizar os opositores de sua plenitude nas tentativas de estancar os progressos. Sem citar a participação nos avanços da maioria das universidades ao apelarem para certificações de eficiência em seu trabalho, em caminho avesso à desobrigação de se ter essa credencial para operar instituída pelas novas regras.

Só ficaram as reitorias de dois centros universitários apenas murchando as orelhas enquanto observavam o quase inteiro ano transcorrido para a troca do antigo sistema concentrador de poder entre autoridades educacionais que de sua área faziam uma nina de ouro, com prejuízos aos garimpeiros.

Deu inclusive polícia na disputa pelo comando da Universidad Nacional del Santa, em Chimbote, capital da província que nomeia a instituição! Agentes acompanhavam a ex-reitora América Odar em vigoroso enfrentamento verbal, englobando revides de acusações, com Sixto Diaz, recém-empossado sob o que a nova legislaçào prevê. As queixas de usurpação de cargo contra o gestor pela antecessora, sob o riaco de removê-lo da pasta apoiando-se em recursos judiciais para anular o resultado eleitoral, mesmo que tardiamente, se submeterão ao poder de uma justa arma deixada pegando poeira ao fundo da gaveta pelas sociedades, mas resgatada pelo regente, a inocência de valor estabelecido até que se prove o contrário. A permissão por Sixto de que a apelação de América flua até onde puder, até onde se descubrir o papel de cada envolvido na trama, afeiçoa-se com a impessoalidade necessária nos entes julgadores e penais, ternando este assunto aroeira para bicos de cidadãos e da mídia com línguas tendenciosas pretendentes de acorrentar o coletivo inteiro em relação a suas vontades particulares domando-o com "verdades" incompletas.

Houvera na universidade chimbotana uma vitória parcial contra o antigo regime, em cuja deposição logrou-se êxito, a despeito da briga impelida por sua representante com vista a retomar a posição. Quase caído em sua totalidade este foco de resistência, há segundo inimigo beneficiado pelo passante tempo válido a seu combate que se reduz deixando espaço a seu poder influenciador direto sobre membros do Congresso da República. O prazer do reitor Pedro Cotillo em ter, enquanto comanda a Universidad Nacional Mayor de San Marcos, em Lima, a suas mãos passando muita prata, por ele desviada ante a rota dos investimentos na estrutura, é irmão gêmeo do instinto vivente em muitos "representantes de quem os elegeu" em diversos partidos (tal como nossa histórica onda de descompromisso política).

Os similares se atraem e podem repelir os opostos! Pedro Cotillo e os indivíduos a ele paralelos nos quesitos de ocupação e panorama ideológico depositavam suas esperanças em proposta de lei nominada com o sobrenome deste líder. O tempo para traçar os planos de atuação no usufruto do benefício foi suficiente enquanto disponível esteve, durando poucos meses sua apreciação em nome da evolução nos sistemas responsáveis por fazer o povo evoluir.

O existir de consequências boas e más para cada ato que se efetue abrange também no segundo caminho, no tocante à carreira, políticos cuja rendição ao correto dever beneficia à comunidade. Nisso se encaixaria o ex-líder da Comissão de Educação do Congresso, Daniel Moro, embora seja negada sua queda por conta do empenho contra a "Ley Cotillo" e as críticas ao lado que vários membros (incluindo o fundador, o ex-presidente nacional candidato a reeleição Alejandro Toledo) do partido que integra (Peru Posible) escolheram para as decisões acerca do assunto. A justificativa para a troca de comando seria a expiração do mandato de Mora, podendo o vencimento do prazo ter posto à frente os algozes do governante nesta saga.

Fica difícil obter o pleno sucesso da Lei Universitária de modo que já se principie sob ela o próximo ano letivo. O final da história corresponderá aos intuitos de quem for posto no cargo vago, sem contar que o tempo está regredindo. Dali a pouco chegam as férias parlamentares, direito com certeza no Peru vigorante, do mesmo jeito que em nossa nação. Um segundo chega pra lá nos ajustes à legislação será mais um bocado de meses ou ano em que alunos serão introduzidos ou diplomados em seus cursos com retardo no potencial de ensino frente aos padrões de ponta!

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