Mais coisas fora dos trilhos além dos trens que as revelaram

O recente dia 20 foi o fim de uma trégua dada nos trabalhos das estações ferroviárias das cidades de Kolbermoor e Bad Aibling, no estado de Bayern, por causa de emblemática tragédia para a história contemporânea deste ramo de transporte na Alemanha. Relatos de passageiros e funcionários da rede exprimem ineficientemente aliviada atmosfera de condolência {1} manifesta quanto retornaram a utilizar a linha em que há onze dias antes terminou o mesmo tanto de vidas, além de centenas de pessoas sofrerem ferimentos, na colisão de dois trens. A estrada de ferro tem sentido único e a origem do acidente, elucidada com rapidez, se liga a um desencontro entre os gigantes, por falha humana, em virtude de aquele horário em que houve a batida não ser adequado ao tráfego simultâneo dos veículos.

O alvoroço teve repercussão até no exterior, não passando batido pelos grandes veículos midiáticos brasileiros. Mas, fazendo parte do trabalho conjunto da imprensa alemã em registrar todos os desdobramentos da catástrofe, não ficou alheio a ela um mais que respeitável procedimento para divulgação de notícias de que fazem grande uso veículos comunicativos interioranos. O Rosenheim24, reproduzindo matéria do Mangfall24 (cujos nomes referem-se a distintas regiões no interior de Bayern) e no final fornecendo atalho para o acesso à fonte no citado nome da mesma {2}, convidou os leitores a por esta via indireta dar audiência extra aos jornalistas que de perto vivenciaram o horror.

Outro detalhe importante foi os emissores de material jornalístico terem alçado o caso de modo enfático na história dos serviços ferroviários nacionais, seja pelo mencionado ou qualquer método divulgador, com a constatação pelos órgãos investigadores públicos de a responsabilidade pelo alvoroço se concentrar nas mãos de uma só pessoa. Experiente, muito bem familiarizado com o dever, eram atributos de um orientador de tráfego, para o qual faltaram naquela manhã e o levaram a dar sinais que puseram os trens para circular no mesmo itnerário onde a falta de espaço resultou no sinistro {3}{4}.

Estarão o nascimento e residência num dos mais bem colocados países quanto a indicadores econômicos e sociais (principalmente no que diz respeito à educação), sob um sistema político em maior parte devoto a sua finalidade, resguardando o trabalhador de açoites com julgamentos completamente passionais da mídia e da sociedade, guiada por esta? Os valores do caráter humano do erro, lógico que perdoável quando o autor não apresentava sinais prévios de que iria intencionalmente cometê-lo e se preocupa em não repetí-lo, mais a noção de que o réu pode estar tão abalado com tamanha culpa no lombo quanto os familiares das vítimas e as que sobreviveram, cabem confortávelmente na sociedade alemã? O que interferiu nas capacidades do guia, contribuindo para o desastre, ainda está sendo apurado para se obter mais detalhes.

Em rota contrária suscitam discussões nas instâncias políticas nacionais e regionais e nas entidades representantes dos empregados ferroviários quanto ao panorama da segurança do setor no país, do qual alguns elementos podem ter atuado no acidente em Bad Aibling {5}. Aspectos naturais e humanos, empregatícios, referentes ao funcionamento do sistema estão em via de compor pautas analíticas de sugestões para mitigá-los. Na primeira classe de fatores está a preocupação com pontos de algumas trilhas férreas não alcançados por ondas de rádio {6}, em relação aos quais pouco o ser humano pode fazer, reduzindo a frequência das ondas, por exemplo, a fim de tornar mais contínua a comunicação entre os trens e os pontos de controle de seu trânsito. O outro nicho consiste em queixas sobre a carga horária de quem comanda e move esse modo de escoamento de mercadorias e transporte de passageiros. Todos os itens influenciam a recebem impactos da mútua pressão dos números de usuários e atendentes de suas necessidades sobre a estrutura das estações e pistas, sendo tarefa dos governantes, para o reforço no exercício da qual envolvendo o equilíbrio entre as exigências conforme a dinâmica de cada lugar foram tristemente despertados.

A junção de esforços por equipes de salvamento locais e até de país vizinho, da Áustria {7}, para, nos instantes posteriores à terrível topada de grandalhões, resgatar os corpos e correr mais que o tempo no encontro dos feridos a fim de preservar-lhes a vida também merece ser percebida como fator que realça a notoriedade do acontecimento. Sem elencar ainda os números telefônicos para orientação psicológica, também acessível presencialmente {8}, sob o comando das autoridades que intencionam guiar familiares e sobreviventes à forçosa volta por cima das incertezas pós-tragédia. Só que nada é perfeito ao contrário do que pode ser insinuado aos olhos físicos e mentais de grupos humanos pátrios externos à Alemanha conforme a qualidade da janela para trás da qual os atraem suas respectivas estruturas pedagógicas e midiáticas que â frente da mesma expõem conhecimentos relativos à área de sede e abrangência e o mundo. Bastou um comentário na rede virtual {9} para tirar mais uma lasca da virtude que aparenta circundar os frenéticos processos. Sendo comum aparecer pessoas ou coisas propícias a fazer desandar times que estão jogando bem, veio do autor acusação contra o governo municipal de Bad Aibling de não ter apoiado o Corpo de Bombeiros da região nos ao mesmo tempo ágeis e cautelosos movimentos. Embora oficialmente anônima, a identificação do emissor tem suspeitas recaindo sobre um membro de tão mundialmente sério grupo prestador de serviços, conhecido por em certas ocasiões agir contra os regentes citadinos de forma oposta ao que caberia praticar mesmo fora de expediente, pôr lenha em fogueiras desarmônicas em vez de miná-las.

O Brasil e seus muitos companheiros assemelhados na predominante linhagem de políticos e sociedade que abrigam recebem verdadeira humilhação didática quando a Alemanha, com a parceria austríaca, mostrou o que é capaz de oferecer a vítimas e conviventes em aspectos mais amplos de emergências coletivas. Fatos a exemplo da colisão entre um trem cargueiro e o "metrô" de Teresina, no Piauí, em novembro do ano passado {Artigo Relacionado), mesmo que desse evento tenham saído apenas dois mortos e dois sobreviventes com escoriações, evidenciam as providências de cabível cobrança e destreza na hora de os setores público e privado reagirem graças a não ser pouco o que há por fazer. Não só dando lições ao mundo, também se manifestam no conjunto político do espelho-país Alemanha brechas por onde escorre sua transparência. A lona do circo de horrores em Bad Aibling se estende generosamente aos mandatários regionais e nacionais, permitindo-lhes assistir unidos ao espetáculo do qual não será aceitável que não usufruam almejando garantir que as perdas não foram em vão através de reformas no sistema ferroviário tão sinceras como nos outros setores que fazem destas e outras áreas europeias o que são e, ao nível da específica localidade, repreender veementemente o bombeiro que vem metendo por água abaixo o empenho profissional dos vestidos com a mesma farda.

(Reprodução no WebArtigos e Artigonal)

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