Sob alarme soado por parentes

No Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, a morte deles semeia o temor entre a predominante comunidade de versões muito evoluídas suas desde o fatídico início do ano. Macacos são as primeiras vítimas da febre amarela onde coabitam com humanos, oferecendo-lhes uma última chance para rever e alterar segundo ainda for possível o modo em que usufruem do ambiente em benefício à natureza e a si. Num aspecto geral o êxito predominou nas iniciativas emergenciais dos órgãos públicos destinados a esses assuntos. Sobre a melhora na consciência de grande parte do povo comum, entretanto, o que paira basicamente é a dúvida.

Mal os calendários de 2016 perderam a validade, levantou-se esse desafio frente à população e os membros e mecanismos encarregados de gerir o todo. Primeiro em Minas Gerais, depois no Espírito Santo, São Paulo e agora no Rio de Janeiro, as suspeitas e ainda mais as descobertas da incidência de febre amarela entre macacos e humanos foram fatores chamativos para uma guerra à doença. Para prefeitos e vereadores novatos eleitos há cerca de cinco meses tal dever se ajuntava inesperadamente à tradicional ressaca deixada pelas trupes administrativas anteriores nos cofres oficiais seus impactante no desempenho dos serviços essenciais que demandam os recursos. Um momento assim tem na intervenção de municípios regionalmente mais importantes, estadual e federal um irrecusável aliviador desdobramento. Desses planos provêm as estratégias e ferramentas auxiliares no reforço da estrutura hospitalar para que comporte a excepcional demanda de pacientes e na profilaxia de um maior aumento seu mediante imunizações em massa e controle dos mosquitos vetores do vírus.

No tocante à disponibilidade de vítimas humanas na rota de propagação da febre amarela, muito o cerco se fecha ao patógeno e o inseto em decorrência da confirmada vacinação de 80% dos moradores de Casimiro de Abreu, cidade no interior do Rio de Janeiro. A sobrevivência de ambos condiciona-se agora a seu atualizado "índice de sorte" para achar mais indivíduos a quem possam causar o mesmo ocorrido a dois (as primeiras vítimas da febre amarela no estado), dos quais um, o pedreiro Watila Santos, falecera aos 38 anos no último dia 11, motivando a cruzada preventiva. Aberta a exceção entre os habitantes da Cidade Maravilhosa desassistidos durante a operação vacinal por causa do deficitário número de senhas nos locais de atendimento, o prognóstico será pelo menos algo próximo nas outras regiões fluminenses e de outras unidades federativas sujeitas a grande incidência da virose.

O índice de êxito nas imunizações em Minas Gerais com muita certeza perde seu potencial de atrair o interesse público para a mortalidade entre os acometidos pela moléstia, no que o estado é invicto campeão com mais de 100 óbitos. Tamanha proporção é irresistível matéria-prima para processos investigativos no intuito de atestar ou descartar se no acolhimento dos enfermos faltou agilidade a exemplo de como se processou o caso da primeira vítima fatal fluminense. A internação hospitalar em que Watila acabou sucumbindo à febre amarela foi necessária após duas fracassadas peregrinações em busca de auxílio, nas quais ele recebera diagnósticos de sinusite e de alguma não especificada "virose".

Retornando as atenções mais profundamente para o que foi enunciado logo no começo do texto, o contágio massivo e suas terríveis consequências podem ser impedidos ou mitigados segundo a postura essencialmente prática dos indivíduos usufruidores de poderes de influência e do restante da sociedade perante o prévio registro da febre amarela em macacos. As mortes de primatas em Alagoinhas, na Bahia, e Aparecida do Taboado, aqui em Mato Grosso do Sul, por exemplo, tornam suas populações, junto às de áreas que já contabilizam adoecimentos humanos, mais um grupo a ter de rever seus conceitos de manejo ambiental antes que a infecção lhes mostre dolorosamente onde andam vacilando.

Há elementos na sociedade de Alagoinhas que empreendem uma guerra injusta aos macacos potencialmente direcionadora de consequências a rumos opostos ao que a ignorância indica. Bastou se ter confirmado a morte de um primata por febre amarela para que muitos começassem a ser fatalmente agredidos por criaturas "racionais" avessas ao dever de buscar o conhecimento do real papel dos bichos no ciclo de transmissão da patologia. Não faltam na internet, a atual democratizadora das comunicações, TV, rádio e mídia impressa conteúdos informantes de que o contato direto com os bichos doentes ou objetos tocados por eles não traz riscos, mas só as picadas dos mosquitos neles e em nós, e os semi-humanos prestam significante serviço na luta contra os transtornos por, através da antecedente incidência do mal entre eles, apontar o risco de surto. É sobre os mosquitos (com o controle populacional dos insetos e a imposição de obstáculos reprodutivos mediante o desmantelamento de criadouros) que ataques revanchistas funcionam de modo a barrar o progresso da enfermidade de ambientes campesinos para urbanos, fazendo do Aedes aegypti o propagador de mais essa desordem somática, o que não vem acontecendo no Brasil desde 1942. Tendo se comprovado que por febre amarela morrera em fevereiro em João Pessoa (PB), para onde viajou mesmo convalescente, o personal trainer Patrick Lethieri Schuckart, os gestores e o povo de Vitória (onde ele residia) recebem em seu anseio pelo relativo fim da zoonose uma carga de reforçado condicionamento ao esforço para afastar o antes dito perigo. A hipótese de que o profissional de educação física tenha contraído a doença em visita ao parque Pedra Azul, em Domingos Martins, na região serrana do Espírito Santo, tem por concorrente a possibilidade de isso se dever a picadas de mosquito que a vítima teria recebido na praça de seu bairro na capital.

Por causa da ameaça que ronda os macacos e também em nome das facilidades necessárias a um hábil combate à febre amarela, rapidez e prudência são valores vitais a exitosos informes de mortes de primatas por cidadãos e instituições extraoficiais perante os setores públicos encarregados de analisar os relatos. Em copo vazio moradores de Maricá, no Rio de Janeiro, estiveram propensos a fazer tempestade devido à reprodução em matéria de algumas semanas atrás do O Globo de boatos não verificados sobre o encontro de corpos de exemplares no Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET). E, agora que se reavivou em åmbito nacional o conhecimento da probabilidade de ligação entre as mortandades não violentas e a anomalia clínica viral, qualquer cidadão ao se deparar com um cadáver é incumbido de informar quanto a isso as devidas organizações. Está ao alcance de todos evitar frustrações como a que em janeiro atingiu o interesse público aqui em Mato Grosso do Sul, quando em Aparecida do Taboado macacos sem vida foram descobertos já em decomposição, quadro inviabilizador de exames buscando detectar o vírus.

Nestes episódios de registros epidêmicos e de evidência de risco para tal estão impressas marcas de estagnado processo evolutivo dos humanos brasileiros no cuidado com a própria raça e com as demais, com variados, mas inegáveis, graus de interferência em seu existir. Constantemente fustigada por agravos à saúde advindos de mosquitos – a maioria dos quais, zika e chikungunya, são novidade adicional à dengue –, a espécie antrópica mantém palpável número de constituintes capazes de favorecer a mudança no perfil da frequência de outra, menos comun, preocupação clínica. Tal desenrolar é possível com a incompletude na disposição para uma forte ofensiva contra os artrópodes, envolvendo o emprego de inseticidas (não só químicos e segundo o limiar de impacto ambiental de cada lugar) e a retirada do ar livre de tudo que indesejavelmente deposite água. O comprimento do caminho necessário a ser trilhado na peleja para despertar essa gente confirma-se pelo nível de receptividade para com os macacos, alheio ao parentesco biológico, quando os mesmos ingressam na missão.

(Referências:
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