A recuperação não é de graça, dependendo de sacrifícios financeiros interligados

No cipoal de impasses inerentes às disputas de interesses dentro da política criticadas por Jair Bolsonaro sem excluir a si próprio {1}{2}{3}{4}{5}{6}{7}, o arrocho no orçamento que abastece a educação superior se destaca sinalizando a importância da unidade das instituições públicas pelo fim de crõnicos exageros nas despesas públicas e o alívio dos efeitos colaterais inerentes a essas imprescindíveis mudanças de atitude.

Milhares de universitários e outras pessoas preocupadas com as demandas estudantis foram às ruas de todas as capitais estaduais e outros centros urbanos relevantes em cada região no dia 15 e na véspera do fim do encerrado mês {8}{9}{10}{11}{12}{13}{14}{15}{16}{17}{18}{19}{20}{21} em proveito ao espaço mantido pelo novo governo ao questionamento do desempenho da máquina pública {22}. Aos episódios terminados em baderna se reservou corretamente o mérito de intervenções policiais nas reações massivas à mencionada política. Estas em si precisam ser preservadas diante da sociedade a fim de lhe servirem de evidência de esforços de movimentos que antes tinham acesso ao comando do país no intuito de influenciar a opinião pública escondendo sua contribuição para a conjuntura alvo dos protestos.

Uma prática familiar aos afazeres políticos federais teve uma resposta negativa em dimensões sem precedentes. A mão-de-obra escalada por Lula e Dilma para gerir os investimentos no ensino efetuou contingenciamentos anualmente (com exceção de 2015), com certeza devido a problemas orçamentários que pôem em xeque o êxito no financiamento da educação superior afirmado pelos nostálgicos do petismo {23}{24}. Comandos do ministro da Educação Abraham Weimtraub provocaram novo recuo nos desembolsos discricionários (não obrigatõrios) para o Ensino Superior {25} e o financiamento de pesquisas científicas {26} como parte da batalha contra aumentos nos já insustentáveis gastos públicos {27} em que tal setor do governo não está sozinho a despeito de seu campo de atuação ser o único destinatário daqueles atos nas ruas {28}{29}.

Os desfalques ocasionados pelo PT e Temer aos bens de utilidade coletiva federalmente geridos e as limitações expressas no orçamento herdado do último pela equipe Bolsonaro devem, respectivamente, ser ao máximo revertidos e driblados para impedir o prosseguimento da degradação a níveis mais complicados de seOutrossim-la. Conforme for progredindo a peleja em Brasília pelo alívio na carga de responsabilidades do Estado e fortalecimento de seus inalienáveis deveres o abastecimento monetário retornará aos padrões {30}{31}{32}{33}{34}{35}.

E quanto às perdas aguardadas para o funcionamento das universidades e a continuação de pesquisas? Podem derivar notoriamente do modo como cada reitoria tem usado o que é submetido a suas incumbências e do consequente preparo do processo para essas eventualidades.

Contingenciando verbas não mandatórias a vigente gestão federal se põe à mercê dos relatos de escassez de meios para se manter em dia o fornecimento de água e luz aos estabelecimentos e o fomento à investigação científica que têm de ser atendidas com a atuação conjunta de autoridades universitárias e grupos estudantis dotados de boa vontade em três frentes. Uma é a reprogramação desse regime de investimentos que vulnerabiliza demandas cruciais, como as exemplificadas, ao impacto de remanejamentos orçamentários emergenciais. Outrossim, a insistência da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) em investir num contrato de aluguel de um edifício ainda em reforma e, por conseguinte, sem condições de uso {36} e os relatos jornalísticos de obscenidades em festas e teses de doutorado em outras faculdades do país exemplificados pelo deputado pró-governo Carlos Jordy (PSL-RJ) durante sabatina da Câmara dos Deputados a Weintraub indicam oportuno contexto para um acompanhamento do fim que as reitorias dão tanto aos recursos discricionários quanto aos compulsórios para ampliar {37}{38} a percepção da pretendida utilidade social das instituições. Os decréscimos temidos para o sustento dos projetos de busca por inovações também encontram solo fértil na excessiva dependência pelas iniciativas da alimentação estatal, digna de abordagens antagônicas relacionadas a dispor as idéias a pretensões de patrocínio por investidores privados ávidos por parcerias que lhes permitam desenvolver bens e serviços lucrativos não apenas a si mesmos.

O escopo para contestações apresenta extensões para além do que de Brasília é ordenado. E o protesto fica mais pertinente se reservado para casos em que restar como única medida servível para os estudantes e trabalhadores do ensino superior, ou seja, nos tipos de reflexos da austeridade federal contra os quais outras formas de busca por soluções demonstrem-se ineficientes.

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