Rotina perigosamente mal ajustada aos trilhos
Há peculiares pontos compondo o acidente que na quarta-feira da semana passada envolveu um trem cargueiro e uma composição do metrô de Teresina, no Piauí, tendo saldo de duas mortes (um funcionário de cada veículo, ambos de mesmo nome) e dois feridos sem gravidade (na mesma distribuição), estando felizmente a ocupação por passageiros ainda a ser buscada pelo segundo equipamento na hora do inoportuno encontro com o da Transnordestina sobre os trilhos na avenida Higino Cunha. Os fatos transcorreram abalando a legitimidade simbólica e a segurança do sistema de transporte humano, sob muito desnivelada cobertura da imprensa em alguns aspectos. Naquela tarde famílias antes incógnitas entre si compartilhavam os anseios e expectativas quanto ao rumo que tomariam seus membros e por consequência os ajuntamentos inteiros no que se sucederia à colisão entre os veículos circulantes em direções contrárias (o cargueiro estava de ré). O destino que tiveram Gilvan Soares de Brito, maquinista do metrô,